B.O (part. Nega Fyah)

Lágrimas nos olhos de quem chorou
Lenço branco no rosto das lembrança que ficou
Corpo jaziguado na calçada, a multidão
Acuada e aprisionada regista mais um B.O
Várias almas vivas se unindo a comoção
Vários vizinhos chegando um aperto no coração
Várias são vidas querendo uma explicação
Mas nada que trás de volta, a vida daquele irmão
Sofrimento, luto familia desesperada
Gritos silencioso nos traços dessa calçada
Almas são chamadas no solo sangue derrama
Parentes lamentam a dor, vazio sobe nas calmas
Fato consumado o povo sabe quem foi
Polícia não sente o quanto isso pra familia doi
Alguns até se corroi, mas nada podem fazer
Perícia conhece a lei da vila pra não morrer
Mas eu sei

Mas eu sei
Eu sei, eu sei

Eu sei o quanto pesa
Faltar com a segurança dentro da comunidade
Prefeitura não vela nunca pela ordem publica
Policiais da vila, nunca são de verdade

Acataram as regras do mundão, nossas vidas na mão
De quem trocou o amor pela cor de um milhão
São várias informação, no fundo o memo patrão
Tá bem distante da vila, de terno nun gravatão
Dentro da prisão saem ordens
De um processo criminoso que começa no palácio
Papeis são burocráticos ao ponto de trazer
As tácticas do sistema não fazem ninguém de otário

Mídia se propaga
Flor que não se afaga
Senso natural propina muito se paga
A luz que não se apaga trazem grandes consequências
Sinceramente falando somos nós essa miséria
Mas eu sei