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Menina da Mata

Káritas Nobre

Letra

    Queiram prestar-me atenção

    A saber, tinha uma dona que morava naquelas matas
    Nas margens do Amazonas
    Tinha uma filha que perdeu-se naquelas breves colônias

    Perdeu-se nas matas brutas e ali ao romper da aurora
    Sujeita a caboclos bravos e queixada e caipora
    Carapanã, onça, tigre, jacaré e jibóia

    Com idade de sete anos perdeu-se essa criancinha
    Da altura de um carneiro, simpática e modestinha
    Era alva como a neve, inocente e bonitinha

    Quando sentiram falta no fazer de um café
    Chamou sua filha e não vou e correu todo o igarapé
    Valeu-se do pai eterno e de Jesus de Nazaré

    Quanto mais ela corria, mais promessa ela fazia
    E a menina se encantava pelas matas e sumia
    Concluía que os caboclos já a adotavam como filha

    Quando completou um mês ela perdeu toda a fé
    Entregou a sua filha a Jesus de Nazaré
    E aos cuidados do pai eterno que é o autor da sua fé

    Quando completou um ano ela perdeu toda esperança
    Um dia de manhãzinha fez um café sem lembrança
    Quando viu entrar na porta de repente uma criança

    Ela quis se assustar quando a criancinha disse
    Sorrindo, bença mamãe, cadê papai mais a titia?
    Ela correu e a abraçou, meu Deus chegou a minha filha!

    Oh minha filha querida, por onde andaste assim?
    Tanto tempo nestas matas, como não levaste fim
    Dentro desses igarapés, entre cobras e espinhos?

    Ela disse: Mamãe, eu andava mais um velhinho
    Que me dava de comer e eu chamava ele padrinho
    Ele hoje veio me deixar e dali me amostrou o caminho

    Minha filha, quem é este? Ela não soube dizer
    Na casa do retratista quero mandar te escrever
    Depois vamos na cidade uma promessa fazer

    Andei um ano ou mais pegando chuva e sereno
    Comendo cru, sem sal, erva de todo veneno
    Dentro desses igarapés meus sofrimentos foram imensos

    Parece que Deus andava mais essa triste inocente
    Brincava mais as queixadas que ali trazia o alimento
    Montava na onça-tigre e dormia mais a serpente

    Depois do retrato tirado ela embarcou e seguiu
    Chegando na cidade, à matriz se dirigiu
    Colocou no alto o retrato, muitos que lá foram ver

    Quando a menina entrou e que Jesus Cristo reviu
    Mamãe, esse é meu padrinho, o velhinho que andava mais eu
    Quanto mais ela rogava, quanto era o poder de Deus

    Entreguei a minha filha ao Deus vivo e poderoso
    Hoje celebro com alegria e gratidão o seu retorno
    E no meu peito guardo a fé no Deus misericordioso

    Quem ouvir esta história, eu peço sua atenção
    Tenha muita fé em Deus e na sua proteção
    Me despeço neste momento com toda minha gratidão

    Composição: Terezinha de Jesus Queiroz Nobre. Essa informação está errada? Nos avise.

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