Nativa

Nativas, prontas para lutar
Retomando tudo vamos decolonizar
Nativas, prontas para lutar
Retomando tudo vamos decolonizar

Nativa na ativa, nós
Sim, nós temos voz
Selvagem sim, também feroz
E derrubando ele, feito dominó
Não estamos a sós

Fiquem vivas
Muitas narrativas
Prontas para lutar
Juntando forças, vamos decolonizar
Renovando a terra, a água e o ar
Nascemos prontas para lutar

Janelas fechadas para não ouvir
O caos tão sorridente que se encontra aqui
Break up the window my people,
Get out!
We don't give a fuck

O inferno está aqui, eles acham tão normal
Nossa cabeça está a prêmio e tem até comercial
Leilão das nossas terras, tem telefone ramal
E natureza morta, alma, homem, animal
E eles não tem moral, então passe o fio dental
Tem morte coletiva pelo bem individual

Eles, acham normal esse mundo desigual
tem rosa e cemitério bem no fundo do quintal (sem moral)
Olha a batida está parando coração
O sagrado pede socorro, já estamos em extinção

Cadê a sua luta pela demarcação?
Você gosta da cultura, mas de nós não gosta não
(“né não?”)

Nativas, nativas para lutar
E retomando tudo, vamos decolonizar
E nativas, nativas para lutar
E retomando tudo, vamos decolonizar

Natives alive,
we shall survive
Come what may
We'll rise again
Natives unite
And they will hide themselves in shame
We've turned the game

Nativas, nativas para lutar
e retomando tudo, vamos decolonizar
e nativas, nativas para lutar
e retomando tudo, vamos decolonizar

Dentro do mar não se vê mais tubarão
É plastico, petróleo, ondas de poluição
Esconde- esconde já não é brincadeira não
Eles matam as crianças e ainda chamam de ladrão
Assassino de farda, com a bíblia na mão
Quem é que patrocina o seu tiro de canhão?

Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come
eles matam por qual nome?
eles matam por qual nome?

Nativas, nativas para lutar
e retomando tudo vamos decolonizar
e Nativas, nativas para lutar
e retomando tudo, vamos decolonizar
Break up the window my people,
Get out!
We don't give a fuck

Na árvore, o sangue e a dor
o corte, o grito, o silêncio, a terra e a morte
Estão sem fé, e brincando com a sorte
Na ganância, o caixão virando o seu transporte
Mas a justiça chega de sua morte
A terra renasce que a raiz é forte
A mãe que dá a vida, se quiser ela aborte
Você queria matança, agora suportem.