Respeita as Mina

Empoderamento e autonomia feminina em “Respeita as Mina”

“Respeita as Mina”, de Kell Smith, traz uma mensagem direta sobre autonomia e respeito às mulheres, questionando a ideia de que suas escolhas e aparências existem para agradar ou serem validadas por homens. Logo no início, versos como “Não faço pra buscar aprovação alheia / Se fosse pra te agradar a coisa tava feia” deixam claro que a produção visual feminina é uma expressão de liberdade, não um convite ou resposta à expectativa masculina. A inspiração da música veio de uma experiência real de relacionamento abusivo vivida por uma amiga da artista, o que torna a mensagem ainda mais pessoal e urgente.

A letra aborda temas como respeito, igualdade de direitos e empoderamento feminino, denunciando atitudes machistas do cotidiano, como o assédio e a desvalorização da voz das mulheres. Ao dizer “Flores também são / Mas não quando são dadas só no dia 08/03”, Kell Smith critica gestos simbólicos e cobra mudanças reais de comportamento, indo além de datas comemorativas. A canção também faz referência a figuras históricas e ativistas, como Maria Quitéria, Maria da Penha, Joana d’Arc e Frida Kahlo, conectando a luta individual à coletiva e incentivando o surgimento de novas “super heroínas”. O refrão “Que o corpo é nosso, nossas regras, nosso direito de ser” resume o pedido por respeito à autonomia feminina, enquanto “É pra acabar com o machismo, e não pra aniquilar os homens” reforça que a luta é por igualdade, não por revanche. Lançada no Dia Internacional da Mulher, a música se destaca como um hino feminista contemporâneo, incentivando mulheres a ocuparem seus espaços e exigirem respeito em todos os ambientes.