La Fin du Silence

O Fim do Silêncio

La Fin du Silence

Sempre esse silêncio imóvel,Toujours ce silence immobile,
Aprisionado por cada uma das suas lágrimasEmpris par chacune de tes larmes
Sempre essa crença assassinaToujours cette croyance assassine
Que leva seu coração longe de mim.Qui porte ton coeur loin de moi.
Nas suas bochechas, essas pérolas que rolamSur tes joues, ces perles qui roulent
São tantas orações e esperançasSont autant de prières et d´espérance
Traindo por trás das suas pálpebras pesadasTrahissant derrière tes paupières lourdes
Ricas pedras talhadas na dor.De riches pierres taillées dans la souffrance.
Sempre essa crença assassinaToujours cette croyance assassine
Do belo e do eternoDe beau et d´éternel
...E partir com essa companheira indigna......Et partir avec cette compagne indigne...
E já sobem em mim, as febres vingativasEt déjà montent en moi, les fièvres vengeresses
Rasgadas à vista do seu corpo apagadoDéchirées à la vue de ton corps éteint
O coração sujo por esses pensamentos pecaminososLe coeur souillé par ces pensées pêcheresses
Tanto quanto por esse remorso que o aperta.Autant que par ce remord qui l´étreint.
Se seus últimos instantes são seus,Si tes derniers instants sont siens,
Eu serei o único juiz do dia e da hora...Je me ferai seul juge du jour et de l´heure...
É sonhando com você sem vida,C´est en te rêvant sans vie,
Que eu te sonhava em pazQue je te rêvais en paix
Sinto chegar o fim do silêncio,Je sens venir la fin du silence,
O grito salvadorLe cri salvateur
[...][...]
E esse grito como uma reverência,Et ce cri en guise de révérence,
Rasga os céusDéchire les cieux
Ao mesmo tempo que a lei do silêncioEn même temps que la loi du silence
Em um paradoxo mortal.Dans un paradoxe meurtrier.