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Vaso de Barro (part. Paulo Nazareth)

Kivitz

Letra

    [Paulo Nazareth]
    Se é por inteiro a vida aqui
    Há de haver também saudade e dor
    Navegando além de um mar daquelas flores
    Vou morrer de frio e de calor
    Encarar de frente quem eu sou

    [Kivitz]
    Rapaz covarde da vida medíocre, eu
    Cheio de vício e de medo e de sonho e só
    Em queda livre, me escoro em que vejo
    Minha lista de desejos que já sei de cor
    O mesmo papo e sempre o mesmo erro
    Trava o ciático, a idade bate
    Rebate em dores que rebate em partes que
    Juntando tudo não sobra metade
    Raiva de adolescente, anticapitalista
    O foda-se apertado me faz anarquista?
    Na ilusão dessa militância fútil
    Onde me sinto útil sendo um egoísta
    Vendo meus irmão de luta tropeçando em ego
    Vejo eles pisando em prego da própria vaidade
    Vejo força de vontade em algo não concreto
    Vejo o discurso correto, não vejo verdade
    Me identifico com quem é assim
    Limitado e fraco, preguiçoso e
    Só tenho amigo assim que se julga impotente
    Empurrando com a barriga a vida deprimente

    [Kivitz e Paulo Nazareth]
    Do pó que vim, nele me reconheço
    Água de jarro ou de chuva resulta em barro, mas
    Esforço é vão de cada chão que varro e faz
    De um novo passo um velho recomeço

    Do pó que vim, nele me reconheço
    Água de jarro ou de chuva resulta em barro, mas
    Esforço é vão de cada chão que varro e faz
    De um novo passo um velho recomeço

    [Paulo Nazareth]
    E se eu desistir mais uma, que fique a sujeira
    Tateando o rastro, me lava a poeira
    Nessa terra de reis, só me cabe a cegueira
    De sua bandeira, o mastro faz nossa trincheira

    Se é por inteiro a vida aqui
    Há de haver também saudade e dor
    Navegando além de um mar daquelas flores
    Vou morrer de frio e de calor
    Encarar de frente quem eu sou

    [Kivitz]
    É pé no chão da estrada da rotina
    O espiritual nessa toada urbana
    Meus mano, minhas mana, e por que não minha mina?
    Entre sons vão amarrando o enredo da semana
    Clebão me conta das treta com a ex
    As dores do divórcio e do fim do amor
    Beck fala de quanto é ruim ter que trampar no banco
    Diz que tirou o time de campo pra se recompor
    Nirto resenha e cita Zamorano
    Conta que no chão da firma é só patrão quem ri
    Branco relembra que ainda vai dar certo
    E comenta como é bom às vezes desistir
    Arbusto sobe lá no palco e ensina
    Vestido de palhaço, o quanto a vida é rara
    Birão faz breja em casa e rap quando pode
    Vag faz pagode e Uber com riso na cara
    Alberto luta contra o vício, é treta
    Porém mais treta é ele por não se entregar
    O sistema abusa, o trabalho explora
    Mas ele não via a hora de voltar a trampar
    Dona Fabiana chora o filho preso
    Celebra o filho solto e agradece ao céu
    A vida vai mostrando que não tem segredo
    Paulinho diz quanto é difícil criar Gabriel

    [Kivitz e Paulo Nazareth]
    Do pó que vim, nele me reconheço
    Água de jarro ou de chuva resulta em barro, mas
    Esforço é vão de cada chão que varro e faz
    De um novo passo um velho recomeço

    Do pó que vim, nele me reconheço
    Água de jarro ou de chuva resulta em barro, mas
    Esforço é vão de cada chão que varro e faz
    De um novo passo um velho recomeço

    [Paulo Nazareth]
    E se eu desistir mais uma, que fique a sujeira
    Tateando o rastro, me lava a poeira
    Nessa terra de reis, só me cabe a cegueira
    De sua bandeira, o mastro faz nossa trincheira


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