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Sejamos a Fúria

Ktarse

Letra

    Somos as chamas insurgentes das ruas

    O triunfo da guerra revolucionária
    Será obra da classe subalternizada
    Rebelião antissistema, radical, violência
    Libertação, resistência dos debaixo à potência

    Favelados, encarcerados, prostituta
    Drogados, depressivo, moradores de rua
    Menores em abrigos, em Fundação CASA
    Assaltante de bancos de todas as quebradas

    Todas as periferias, guetos, cortiços
    Todos refugiados vítimas de xenofobismo
    Doméstica, curandeiras, mães solteiras
    Catadores de reciclagem no fim da feira

    Paciente psiquiátrico sendo torturados
    A loucura gera lucro aos hospitais privados
    Violento, desumano, sistema perverso
    Que lucra com a desgraça em todos os aspectos

    Estrutura difundida pela classe rica
    Que pilham riquezas com sangue afroindígena
    Herdeiro da Casa Grande, privilegiados
    Banqueiros, empresários midiáticos

    Barões do agronegócio, políticos profissionais
    Capitalistas assassinos sociais
    Sente a fúria, a reação dos debaixo
    Somos a potência dos marginalizados

    Somos a revolta dos debaixo
    Somos a potência dos marginalizados
    Somos as chamas insurgente das ruas
    Quem semeia miséria colhe fúria

    Somos a revolta dos debaixo
    Somos a potência dos marginalizados
    Somos as chamas insurgente das ruas
    Quem semeia miséria colhe fúria

    Na ação direta, radicalizar na base
    Morte à esquerda conciliadora de classe
    Morte aos messânicos e quem nos subestime
    O povo forte não precisa de líder

    Somos insurgente contra o Estado
    Contra a domesticação da revolta dos debaixo
    Somos a potência contra os de cima
    Contra o feminicídio, o genocídio à periferia

    Contra a violência policial e o racismo
    Contra o eurocentrismo, colonialismo
    Contra a superioridade dos bem-nascidos
    Contra a necropolítica, o fascismo

    Contra a supremacia branca misógina
    Contra o darwinismo social maltusionista
    Não combatemos o capitalismo com flores
    Somos ingovernáveis contra os ditadores

    Não confunda a reação dos debaixo
    Com a violência dos capitalistas sanguinários
    A revolução será sangrenta e vingativa
    Será violenta, direcionada aos de cima

    A insurreição é destrutiva e criativa
    É resistência e luta combativa
    É subversão, é fúria e revolta da favela
    É a insurgência das ruas contra a servidão moderna

    Somos a revolta dos debaixo
    Somos a potência dos marginalizados
    Somos as chamas insurgente das ruas
    Quem semeia miséria colhe fúria


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