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Cuantos Cuentos Cuento

La Oreja de Van Gogh

Letra

Cuantos Cuentos Cuento

Los años que pasan me pesan
Me pesa en el alma
Y la ponen a tus pies
Si al besarme me diste la vida
Al marcharte llevaste mi ser

Yo pase tanto tiempo intentando
Fingir ser más tonta
Olvidando el ayer
Que el amor de mi vida es un pacto
El me quiere y yo le trato bien

Pero a veces me descucbre
Ordenando veinte veces
Los libros, las copas, las cartas, la alcoba
Y sospecha con miedo qué está en esta estrofa

Y no sabe cuantos cuentos cuento por disimular
(Por disimular)

Y es que si yo te recuerdo me paso las horas cantando
Mi vida sucede y los días le ceden el paso
A la voz castigada sin voto desde hace ya años
De mi corazón cansado de gritar

Si bien dije el día en que tu llegaste
Hoy me gasto la boca en pedirme perdón
Por las veces que intento besarte
Mientras beso a quien es hoy mi amor

Y es que maldito seáis los fantasmas
Jugáis con ventaja doléis de verdad
Aunque luego os vistáis de mentira
Y por eso no os pueda atrapar

Pero a veces si no mira nadie
Cerrando los ojos lanzo un beso al aire
Y luego suspiro y despacio imagino
Que allí donde quiera que estés amor mío
Aterriza en tus labios y piensas un poco en mi

Y es que si yo te recuerdo me paso las horas cantando
Mi vida sucede y los días le ceden el paso
A la voz castigada sin voto desde hace ya años
De mi corazón cansado de gritar

Y es que a veces no puedo evitar que se escapen volando
Mis mil mariposas que sueñan contigo a diario
Mi indulgencia les abre la celda y te besan llorando
Si prometen que en segundos volverán
A la realidad

Cuantos Cuentos Cuento

Cuantos cuentos cuento
La Oreja De Van Gogh

Os anos que passam, me pesam
me pesam na alma
e a põem aos teus pés
se ao beijar-me me deste a vida
ao ires embora levaste o meu ser

Eu passei tanto tempo tentando
fingir ser mais tonta
esquecendo o passado
Que o amor de minha vida é um pacto
ele gosta de mim e eu o trato bem

Mas às vezes ele me descobre
arrumando vinte vezes
os livros, os copos, as cartas, o quarto,
e suspeita com medo que está nesta estrofe

e Deus sabe quantos contos conto para disfarçar
(para disfarçar)

E quando me lembro de ti passo as horas cantando
minha vida passa e os dias a deixam passar
à voz castigada sem voto desde há muitos anos
do meu coração cansado de gritar

Se abençoo o dia em que chegaste
hoje canso a boca me pedindo perdão
pelas vezes que tento beijar-te
enquanto beijo a quem hoje é o meu amor

e malditos sejais ó fantasmas
que jogais com vantagem, machucais de verdade
ainda que logo se vistam de mentira
e por isso não vos possa agarrar

mas às vezes se ninguém vê
fechando os olhos lanço um beijo ao ar
e logo suspiro e lentamente imagino
que onde quer que estejas, meu amor,
aterriza em teus lábios e pensas um pouco em mim

E quando me lembro de ti passo as horas cantando
minha vida passa e os dias a deixam passar
à voz castigada sem voto desde há muitos anos
do meu coração cansado de gritar

E às vezes não posso evitar que se escapem voando
minhas mil mariposas que sonham contigo todos os dias
uma dor lhes abre a cela e te vê chorando
prometendo que em segundos voltarão...
à realidade.

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