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Letra

Galerna

Galerna

Ele saia rápido de casa
Él salía pronto de casa

Com a mão no coração
Con la mano en el corazón

A gravata mal atada
La corbata mal anudada

E sua parte da razão
Y su parte de razón

E depois fazia a cama
Él hacía después la cama

Com fragmentos de seu amor
Con jirones de su amor

Enquanto ia coletando
Mientras iba recogiendo

Sua dor
Su dolor

Mas ao regressar como cada dia
Pero al regresar como cada día

O vendaval abria a janela
La galerna abría el ventanal

O rancor sentado diante da raiva
El rencor sentado frente a la ira

Se desafiavam mais uma vez
Se desafiaban una vez más

Vocês dois são os culpados de que em meu peito
Sois los dos culpables de que en mi pecho

Vivam a cobra e o escorpião
Vivan la serpiente y el alacrán

Vivam a tempestade e o desânimo
Vivan la tormenta y el desaliento

Os espinhos da roseira
Las espinas del rosal

Vocês dois são os culpados de que em meus sonhos
Sois los dos culpables de que en mis sueños

Não tenha um céu para olhar
No haya un cielo al que mirar

Não tenha um rio, não haja campo
No haya un río, no haya campo

Não tenha paz
No haya paz

Ele voltava tarde e cansado
Él volvía tarde y cansado

Sem nada para contar
Sin nada que contar

Ela abria seus olhos claros
Ella abría sus ojos claros

Desgastados de esperar
Desgastados de esperar

Ele fugia como os gatos
Él huía como los gatos

Que se assustam ao passar
Que se asustan al pasar

Enquanto ela preparava
Mientras ella preparaba

Sua verdade
Su verdad

Uma luva caia sobre minhas flores
Un guante caía sobre mis flores

Outro duelo até a morte iria começar
Otro duelo a muerte iba a comenzar

O barulho de sabres de cada noite
El ruido de sables de cada noche

Com o mesmo ferido para reanimar
Con el mismo herido que reanimar

Vocês dois são os culpados de que em meu peito
Sois los dos culpables de que en mi pecho

Vivam a cobra e o escorpião
Vivan la serpiente y el alacrán

Vivam a tempestade e o desânimo
Vivan la tormenta y el desaliento

Os espinhos da roseira
Las espinas del rosal

Vocês dois são os culpados de que em meus sonhos
Sois los dos culpables de que en mis sueños

Não tenha um céu para olhar
No haya un cielo al que mirar

Não tenha um rio, não tenha campo
No haya un río, no haya campo

Apenas o mar da minha solidão
Solo el mar de mi soledad

Vocês dois são os culpados de que no meu pescoço
Sois los dos culpables de que en mi cuello

Eu sinta vossas mãos ao acordar
Sienta vuestras manos al despertar

Que me apertam cada dia
Que me aprietan cada día

Um pouco mais
Un poco más

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