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Decatexis

Labore Lunae

Letra

    "Na evolução de minha dor grotesca eu mendigava
    Aos vermes insubmissos
    Como indenização aos meus serviços
    O benefício de uma cova fresca"
    O crepúsculo adormece meus sentidos
    Fardo e convulso suplico
    A magoa gaguejada de um cretino
    Que míngua em seu fruto rubro

    Suplique ao meu falecer o segredo do meu desafeto
    Inconsolável fruto agonizante que meu grito vem abafar
    Pelo sangue que a garganta engrossa e sufoca meu despertar
    Nas memórias eterno serei
    E em profanos sonhos sucumbirei
    O náufrago de um condenado
    O orgulho de um descontente
    Meus restos aos vermes apodrecerão
    E minhas palavras aos ventos ecoarão

    Em lagrimas o gemido se cala
    Na solitude de uma jornada sombria
    O eco dos prantos eternos
    uma fétida e grotesca carcaça
    No desfecho da tragédia de uma vida
    "A pragmática má de humanos usos
    Não compreende que a morte que não dorme
    É a absorção do movimento enorme
    Na dispersão dos átomos difusos

    Não me incomoda esse ultimo abandono,
    Se a carne individual hoje apodrece,
    Amanha como Cristo, reaparece
    Na universalidade do carbono
    A vida vem do éter que se condensa,
    Mas o que mais no cosmos me entusiasma
    É a esfera microscópica do plasma
    Fazer a Luz do cérebro que pensa.

    Quando eu for misturar-me com as violetas,
    Minha lira maior que a Bíblia e a Freda,
    Reviverá, dando emoção à pedra,
    Na acústica de todos os planetas"


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