Monsieur Cannibale
En le voyant sortir de son camion
Chasser les papillons d'Afrique
Les cannibales en le traitant d'espion
L'arrêtèrent sans façon de suite
Il essaya de leur parler Anglais
Espagnol, Portugais, Chinois
Mais en voyant leurs mâchoires
Qui s'ouvraient
Il se mit à hurler d'effroi
Oh, Monsieur Cannibale,
Je n'veux pas mourir
Monsieur Cannibale
Laissez-moi partir
Il leur montra son briquet, son stylo
Sa montre et les photos d'sa femme
Il leur chanta un grand air de Gounod
Des chansons d'Adamo, que dalle !
Il leur fit voir des journaux de Paris
Personne ne réagit, non plus
Désespéré il sortit des revues
Remplies de filles toutes nues, et dit :
{Refrain}
Quand le grand chef aperçut ces revues
Qu'il vit toutes ces filles nues, il rit !
Mais dans sa tête une idée saugrenue
Une idée farfelue surgit
Dans une case où était son harem
Il entraîna lui-même le gars
Qui en voyant les femmes se ruer sur lui
Avec tant d'appétit, hurla :
{Refrain}
Pendant huit jours, il resta enfermé
Et dut se partager, en vain
Et comme déjà il n'était pas bien gros
Il perdit vingt kilos, au moins
Quand arriva l'instant où le grand chef
Lui fit comprendre par geste, Allez !
Prends ton camion et retourne chez toi
Le pauvre homme s'écria : Jamais !
Monsieur Cannibale, je n'veux plus partir
Monsieur Cannibale, j'aime mieux mourir !
Senhor Canibal
Ao vê-lo sair do caminhão
Caçando borboletas da África
Os canibais, chamando-o de espião
O pararam sem mais nem menos
Ele tentou falar em inglês
Espanhol, português, chinês
Mas ao ver suas mandíbulas
Se abrindo
Ele começou a gritar de medo
Oh, Senhor Canibal,
Não quero morrer
Senhor Canibal
Deixa eu ir embora
Ele mostrou seu isqueiro, sua caneta
Seu relógio e as fotos da esposa
Cantou uma grande canção de Gounod
Canções do Adamo, que nada!
Mostrou jornais de Paris
Ninguém reagiu, também não
Desesperado, tirou revistas
Cheias de garotas nuas, e disse:
{Refrão}
Quando o grande chefe viu aquelas revistas
E viu todas aquelas garotas nuas, ele riu!
Mas na cabeça dele surgiu uma ideia maluca
Uma ideia absurda apareceu
Em uma casa onde estava seu harém
Ele levou o cara
Que ao ver as mulheres correndo em sua direção
Com tanto apetite, gritou:
{Refrão}
Durante oito dias, ele ficou trancado
E teve que se dividir, em vão
E como já não era muito grande
Perdeu pelo menos vinte quilos
Quando chegou o momento em que o grande chefe
Fez entender com gestos, Vai!
Pega seu caminhão e volta pra casa
O pobre homem gritou: Nunca!
Senhor Canibal, não quero mais ir embora
Senhor Canibal, prefiro morrer!