Henry, come on

Despedida madura e autoconhecimento em “Henry, come on”

Em “Henry, come on”, Lana Del Rey apresenta uma nova postura diante dos relacionamentos, diferente de suas músicas anteriores em que frequentemente se colocava como vítima. Aqui, ela demonstra maturidade ao reconhecer o fim de um relacionamento instável, como fica claro no verso: “Do you think I'd really choose it? / All this off and on” (“Você acha mesmo que eu escolheria isso? / Todo esse vai e vem”). O chamado repetido “Henry, come on” funciona como um ultimato, mostrando que ela não aceita mais a dinâmica de idas e vindas.

A ambientação country é reforçada por versos como “Last call, hey, y'all / Hang his hat up on the wall / Tell him that his cowgirl is gone” (“Última chamada, oi, pessoal / Pendurem o chapéu dele na parede / Digam que a cowgirl dele se foi”), que simbolizam a despedida e o encerramento de um ciclo. Imagens como “soft leather, blue jeans” (“couro macio, jeans azul”) e “giddy up” (“vamos lá”) evocam liberdade e movimento, sugerindo que Lana está pronta para seguir em frente. A frase “You can't chase a ghost when it's gone” (“Você não pode perseguir um fantasma quando ele já se foi”) resume a aceitação do fim. Ao mencionar “Yesterday, I heard God say: It's in your blood” (“Ontem, ouvi Deus dizer: Está no seu sangue”), Lana reconhece que se envolver com pessoas problemáticas faz parte de sua natureza, mas agora ela decide romper esse ciclo. O cuidado ao dizer que continuará sendo “nice to your mom” (“legal com sua mãe”) mostra empatia e maturidade. Por fim, ao citar “country singers and their lonely rides to Houston” (“cantores country e suas viagens solitárias para Houston”), ela amplia o tema da solidão, mas também ironiza a busca por estabilidade nesse estilo de vida. Assim, a música marca uma virada: Lana encara a dor, mas escolhe partir com dignidade e autoconhecimento.