Amourexique

Je mourrai pour qu’un ange
Me ranime au-delà
D’une réalité où mon corps affamé se bat
Je ne veux pas ce vaisseau
Ces chairs, ce ventre, ces bras
Sinon pour plonger dans un espace où je ne suis pas
Et noyer, noyer l’océan qui boit
Mon sang, ma voix

Légère et floue je dîne
De tulipes et d’eau pâle
Le blanc immaculé de ma chambre
Vomit ses étoiles
Je plane au-dessus des vagues
Qui chassent mes repas
Je vole et reviens d’un monde où la vie ne joue pas
Je me noie, noie et vide mon corps malgré moi
Mon sang, ma voix

Je me noie, je me vois, je perçois
L’ange est là

Il souffle sur mes blessures
Le secret oublié
L’homme est seul à croire que la mort est sa liberté
Et noie, broie son âme désespérée
Toi, de toi
Vois-tu vraiment la beauté, ton être en soi?
Toi

Amoréxica

Eu morreria pra que um anjo
Me reanimasse além
De uma realidade onde o meu corpo faminto luta
Eu não quero mais essa viagem
Esta carne, este ventre, esses braços
Se contrariam e mergulham e um espaço onde eu não estou
E se afogam, se afogam no oceano que bebe
Meu sangue, minha voz

Uma ligeira e difusa luz
Eu comia tulipas e água pálida
E o branco imaculado do meu quarto
Vomitava suas estrelas
Eu voava acima das ondas
Que procuram meu alimento
Eu vôo e volto para um mundo onde não se brinca com a vida
Eu me afogo, me afogo e esvazio meu corpo contra minha vontade
Meu sangue, minha voz

Eu me afogo, eu me vejo, eu percebo
O anjo aqui

Ele sopra sobre minhas feridas
Os segredos esquecidos
O homem é o único que crê que a morte é sua liberdade
E afoga, esmaga sua alma desesperada
Você, é você
Você realmente vê a beleza do seu eu em si?
Você

Composição: Janey Clewer / Lara Fabian