La Doctora II
Ya no me encuentro preguntando sobre amor
Por fin, no hay nada que pretenda no saber
Entiendo que no hay relación
Entre amar y envejecer
Ya no me encuentro preguntando cómo dar
Por fin, comparto por el miedo de perder
El milagro de tus caricias
Llegando el amanecer
Ya no me encuentro contestando un yo qué sé
Por fin, entiendo que en tus redes yo caí
Ya no me encuentro preguntándome por qué
Por fin, entiendo de un vez el porque sí
Porque te vi, te dejé entrar
Cerré la puerta y te elegí
Porque esos dos faroles pueden hacer
Que si estoy fané, las pequeñas cosas
Se bañen del brillo de esa ternura
Que transmitís cuando me mirás
Hoy puedo entender que te gusta el té
Que odias el café, que no querés rosas
Que a pesar del vértigo, no hay altura
Que impida que me saque el disfraz
Tirando a matar, dándonos changüí
Puro razonar, puro frenesí
Siempre fue así nuestra historia
Que funcione o no, que esté bien o mal
Vivirlo con vos, para mí es la gloria
Sin escatimar, sin darnos de más
Sin acelerar, sin tirar pa' atrás
Siempre fue así nuestro asunto
Le falta de acá, le sobra de allá
Retocándolo, pero siempre juntos
Ya no le temo a ese cagón que habita en mí
Ni a sus ataques tontos de furia precoz
Distingo excusa y resultado
Y hoy elijo estar con vos
Ya no me encuentro figurando en el veraz
Por fin, no debo más que lo que va a venir
Pago los precios de tenerte
Darte amor y ser feliz
Ya no me encuentro contestando un yo qué sé
Por fin, entiendo que en tus redes yo caí
Ya no me encuentro preguntándome por qué
Por fin, entiendo de un vez el porque sí
Porque te vi, te dejé entrar
Cerré la puerta y te elegí
Porque me es imposible de imaginar
Agonía más cruel, más aterradora
Que mi canto y tu danza alejándose
Uno arriba del tren y otro en la estación
En los momentos en que quiero escapar
De mi propia piel, vos sos mi doctora
Con mi panza y tu panza rozándose
No hay poeta que no haga una canción
Tirando a matar, dándonos changüí
Puro razonar, puro frenesí
Siempre fue así nuestra historia
Que funcione o no, que esté bien o mal
Vivirlo con vos para mí es la gloria
Sin escatimar, sin darnos de más
Sin acelerar, sin tirar pa' atrás
Siempre fue así nuestro asunto
Le falta de acá, le sobra de allá
Retocándolo, pero siempre juntos
Siempre juntos
Siempre juntos
A Doutora II
Já não me encontro perguntando sobre o amor
Finalmente não há mais nada que precise saber
Entendo que não há relação
Entre amar e envelhecer
Já não me encontro perguntando como dar
Por fim partilho pelo medo de perder
O milagre de suas carícias
Chegando ao amanhecer
Já não me encontro respondendo um sei lá
Por fim entendo que nas suas redes eu caí
Já não me encontro perguntando por quê
Por fim entendo de uma vez o porque sim
Porque te vi, te deixei entrar
Fechei a porta e te escolhi
Porque essas duas lanternas podem fazer
Se estou certo, que as pequenas coisas
Se banhem do brilho dessa ternura
Que você transmite quando olha para mim
Hoje eu posso entender que você gosta de chá
Que odeia café, que você não quer rosas
Que apesar da vertigem não há altura
Que impeça que me arranque o disfarce
Atirando pra matar, nos decepcionando
Puro racional, puro frenesi
Sempre foi assim nossa história
Funcione ou não, esteja bem ou mal
Viver com você para mim é a glória
Sem economizar, sem nos dar demais
Sem acelerar, sem voltar pra trás
Sempre foi assim nosso negócio
Se falta de cá, lhe sobra de lá
Ajustando, mas sempre juntos
Já não mais temo esse fracote que vive em mim
Nem seus ataques tontos de fúria precoce
Distingo desculpa e resultado
E hoje escolho estar contigo
Já não me encontro figurando a veracidade
Por fim não devo mais do que virá
Pago o preço de te ter
Te dar amor e ser feliz
Já não me encontro respondendo um sei lá
Por fim entendo que nas suas redes eu caí
Já não me encontro perguntando por quê
Por fim entendo de uma vez o porque sim
Porque te vi, te deixei entrar
Fechei a porta e te escolhi
Porque para mim é impossível imaginar
Agonia mais cruel, mais aterrorizante
Que o meu canto e sua dança se afastando
Um em cima de um trem e outro na estação
Nos momentos em que eu quero escapar
De minha própria pele, você é minha médica
Com a minha barriga e a sua roçando-se
Não há poeta que não faça uma canção
Atirar para matar, nos decepcionando
Puro racional, puro frenesi
Sempre foi assim nossa história
Funcione ou não, esteja bem ou mal
Viver com você para mim é a glória
Sem economizar, sem nos dar demais
Sem acelerar, sem voltar pra trás
Sempre foi assim nosso negócio
Se falta de cá, lhe sobra de lá
Ajustando, mas sempre juntos
Sempre juntos
Sempre juntos