Monte Encore

Je t'aime, je te déteste, je te teste, j'fais ma peste

Je touche, je te retouche, tu me couches, j'aime ta bouche

Je crie et tu écris "tes mots gris sont ma vie"

J'expire et tu inspires mes soupirs, tes désirs

Au coin d'une rue, j'me suis perdue telle une chienne, je me démène

Pour m'en sortir, te voir languir au coin du feu, me ferai jouir

C'est désarmant, ce calme fou que tu prétends garder à bout

À bout de forces, je m'efforce, tu me regardes, sale bête féroce

Je goûte, je te dégoûte et tu observes tomber les gouttes

De mes yeux, de mes yeux bleus qui pleurent à cause de tes aveux

Je pars, on se sépare, mais tu t'empares de mon [?]

Tu le sers fort, je te dévore, tu l'détériores, j'en veux encore

C'est si mal, c'est si sale, ce que tu fais, ce que j'défais

Tu me ramasses, j'suis pleine de crasse, je suis une garce et toi t'es lasse

T'es l'as de pique un peu sadique qui revendique la contre-éthique

Les masques tombe et je succombe, nos deux cœurs sombres s'élèvent dans l'ombre

Monte, monte encore, j'aime quand tu mords, j'aime quand t'explore

Mouille, mouille encore, mes lèvres asséchées par tes baisers

Crispe, crispe encore, tes doigts qui tremblent, les murs de la chambre

Fonce, enfonce encore ton délicieux venin dans mes reins

Ose, ose encore, crier très fort après l'effort vient le réconfort

J'te détacherai, j'te la rendrai, ta liberté

Mais sculpte encore, ausculte encore, excite encore, simule encore

Décompte encore trois coups de fouet, de souffle coupé, un cœur à corps

Un cœur à corps

Je saigne et tu m'enseignes que dans ce monde, je n'suis pas reine

Je griffe, tu me dégrafes, toutes les gaffes mérite une baffe

Je souffle et tu t'essouffles, je suis la foule que tu refoules

J'te traque, tu me détraques, j'suis prise en flag dans ton cul-de-sac

Il faisait nuit, tout est permis, on s'est tout dit, on s'est pourri

C'est sans paroles que tu consoles mes jambes molles qui te violent

Tu le caresses, je suis maîtresse, toi, t'es l'élève qui me dresse

Pourtant, la table est déjà mise, mais tes cerises sont exquises

Je range, tu me déranges, vengeance étrange, merci mon ange

Je veux renaître et tu pénètres dans mon mal-être, sale petit traitre

Je nie et tu me punis, quand l'insomnie te pique au lit

J'assume, tu me consumes, je n'suis qu'une plume dans le bitume

Quand vient la fin, c'est le déclin, tu m'as poussé, je suis tombée

La chute est belle, sagement cruelle, honteuse querelle de deux rebelles

Plein de brûlure, pleins d'écorchures, ils sont impurs, mais ils vécurent

Vécurent heureux, vécurent à deux, parle au présent, j'faisais semblant

Monte, monte encore, j'aime quand tu mords, j'aime quand t'explore

Mouille, mouille encore, mes lèvres asséchées par tes baisers

Crispe, crispe encore, tes doigts qui tremblent, les murs de la chambre

Fonce, enfonce encore ton délicieux venin dans mes reins

Ose, ose encore, crier très fort après l'effort vient le réconfort

J'te détacherai, j'te la rendrai, ta liberté

Mais sculpte encore, ausculte encore, excite encore, simule encore

Décompte encore trois coups de fouet, de souffle coupé, un cœur à corps

Un cœur à corps

Eu te amo, eu te odeio, eu te testo, eu faço minha praga

Eu toco, eu te retoco, você dorme, amo sua boca

Eu grito e você escreve "suas palavras cinzas são a minha vida"

Eu expiro e você inspira meus suspiros, seus desejos

Na esquina de uma rua, eu estou perdido como uma cadela, eu luto

Sair disso, vê-lo definhando à beira da lareira, me fará gostar

É desarmante, essa calma louca que você finge acompanhar

Sem força, eu me esforço, você olha para mim, feroz fera suja

Eu gosto, eu te nojo e você observa gotas caindo

Meus olhos, meus olhos azuis chorando por causa de sua confissão

Eu saio, nos separamos, mas você pega meu [?]

Você o serve duro, eu te devoro, você o prejudica, eu ainda o quero

É tão ruim, é tão sujo, o que você faz, o que eu estou derrotando

Você me pega, estou cheio de sujeira, sou uma vadia e você se cansa

Você é um pouco sádico, que reivindica contra-ética

As máscaras caem e eu sucumbo, nossos dois corações escuros se erguem nas sombras

Suba, suba novamente, eu amo quando você morde, eu gosto quando você explora

Molhado, molhado de novo, meus lábios secaram por seus beijos

Crisp, crisp novamente, seus dedos trêmulos, as paredes da sala

Vá em frente, afunde seu delicioso veneno nos meus lombos novamente

Ouse, ainda ouse, grite bem alto depois que o esforço vier, o conforto

Vou destacar, vou restaurar sua liberdade

Mas ainda esculpe, ainda ausculta, ainda excita, ainda simula

Contagem regressiva mais três cílios, falta de ar, uma confusão

Um coração para o corpo

Eu sangro e você me ensina que, neste mundo, eu não sou rainha

Eu garra, você me desenrola, todas as gafes merecem um tapa

Estou soprando e você está ficando sem vapor, eu sou a multidão que você está jogando fora

Eu caço, você me incomoda, eu sou pego bandeira no seu beco sem saída

Estava escuro, tudo é permitido, contamos tudo um ao outro, ficamos podres

É sem palavras que você consola minhas pernas macias que o violam

Você o acaricia, eu sou senhora, você, você é o aluno que me cria

Ainda assim, a mesa já está posta, mas suas cerejas são requintadas

Eu afastei, você me incomoda, estranha vingança, obrigado meu anjo

Eu quero nascer de novo e você penetra no meu mal-estar, pequeno traidor sujo

Eu nego e você me castiga, quando a insônia o picar na cama

Eu suponho, você me consome, sou apenas uma pena no betume

Quando o fim chega, é o declínio, você me empurrou, eu caí

A queda é linda, sabiamente cruel e vergonhosa briga de dois rebeldes

Queimando, cheios de abrasões, são impuros, mas viveram

Vivia feliz, vivia em pares, falava no presente, fingi

Suba, suba novamente, eu amo quando você morde, eu gosto quando você explora

Molhado, molhado de novo, meus lábios secaram por seus beijos

Crisp, crisp novamente, seus dedos trêmulos, as paredes da sala

Vá em frente, afunde seu delicioso veneno nos meus lombos novamente

Ouse, ainda ouse, grite bem alto depois que o esforço vier, o conforto

Vou destacar, vou restaurar sua liberdade

Mas ainda esculpe, ainda ausculta, ainda excita, ainda simula

Contagem regressiva mais três cílios, falta de ar, uma confusão

Um coração para o corpo