Burn the Bridge

“Burn the Bridge”: autonomia sem perdão no UNFORGIVEN

Em “Burn the Bridge”, do LE SSERAFIM, “queimar a ponte” significa recusar permissão e perdão. Como faixa de abertura de UNFORGIVEN, lançada primeiro como trailer, ela define a postura do álbum: autoconfiança e risco contra conformidade e limites. A pressão social é citada sem rodeios — “Either give up, or give in” (Ou desista, ou ceda) e “허락한 범위 내에서만 앞으로 나아가라고” (Dizem para seguir em frente só dentro do que é permitido) — e a resposta vem direta: “My answer? I wish for what is forbidden to me” (Minha resposta? Eu desejo o que me é proibido). Ao declarar “나에게 주어지지 않은 선택지 / 내 모든 것을 걸어 그것을 택해” (A escolha que não me foi dada / aposto tudo e escolho isso), a letra assume o risco. A base contida de cordas sustenta foco e determinação e prepara o terreno para faixas mais enérgicas do álbum.
As imagens de portas organizam a narrativa: “A closed door… Another door slightly ajar / I open them all” (Uma porta fechada… outra entreaberta / eu abro todas) e “그 문 뒤에 내가 가고자 했던 길이 있으니까” (Porque atrás daquela porta está o caminho que eu queria seguir) transformam o que é trancado em passagem. O chamado é coletivo e sem retorno: “And I say to you: Let’s go beyond together… I’m never going back / Burn the bridge / Burn it all” (E eu te digo: vamos além juntos… eu nunca voltarei / queime a ponte / queime tudo). O lema — “We don’t have to be forgiven / We are unforgiven” (Não precisamos ser perdoados / somos imperdoáveis) — rejeita o aval externo. O fogo corta a volta e guia: “우리는 이 모든 것을 태워 빛이 될 거야” (Vamos queimar tudo isso e virar luz) e “너에게 불꽃을 전해” (Eu te passo a chama). Com coreano, japonês e inglês, a faixa reafirma autonomia, diversidade e apoio mútuo para seguir adiante sem olhar para trás.