Bozo
Dans un marais
De joncs mauvais
Y avait
Un vieux château
Aux longs rideaux
Dans l'eau
Dans ce château
Y avait Bozo
Le fils du matelot
Maître céans
De ce palais branlant
Par le hublot
De son château
Bozo
Voyait entrer
Ses invités
Poudrés
De vieilles rosses
Traînant carrosse
Et la fée Carabosse
Tous y étaient
Moins celle qu'il voulait
Vous devinez
Que cette histoire
Est triste à boire
Puisque Bozo
Le fou du lieu
Est amoureux
Celle qu'il aime
N'est pas venue
C'est tout entendu
Comprenez ça
Elle n'existe pas
Ni le château
Aux longs rideaux
Dans l'eau
Ni musiciens
Vêtus de lin
Très fin
Y a que Bozo
Vêtu de peau
Le fils du matelot
Qui joue dans l'eau
Avec un vieux radeau
Si vous passez
Par ce pays
La nuit
Y a un fanal
Comme un signal
De bal
Dansez, chantez
Bras enlacés
Afin de consoler
Pauvre Bozo
Pleurant sur son radeau
Bozo
Em um pântano
De juncos ruins
Tinha
Um velho castelo
Com longas cortinas
Na água
Nesse castelo
Tinha o Bozo
Filho do marinheiro
Mestre aqui
Desse palácio balançando
Pela janela
Do seu castelo
Bozo
Via entrar
Seus convidados
Com pó na cara
Velhas bruxas
Arrastando carruagens
E a fada Carabosse
Todos estavam lá
Menos aquela que ele queria
Vocês adivinham
Que essa história
É triste de ouvir
Já que Bozo
O louco do lugar
Está apaixonado
Aquela que ele ama
Não veio
É tudo entendido
Entendam isso
Ela não existe
Nem o castelo
Com longas cortinas
Na água
Nem músicos
Vestidos de linho
Muito fino
Só tem o Bozo
Vestido de pele
Filho do marinheiro
Que brinca na água
Com um velho barco
Se vocês passarem
Por esse país
À noite
Tem um farol
Como um sinal
De baile
Dancem, cantem
Braços entrelaçados
Para consolar
Pobre Bozo
Chorando em seu barco
Composição: Félix Leclerc