Ways Of The Wind

Caminhos do Vento

Fiquei em silêncio, esperando os ventos convocados para
levarem lentamente minha forma e me levarem aos confins
mais distantes da terra.
Meus restos erodidos se unindo em um mundo alternativo,
sobrepondo-se ao que os humanos chamam de seu, embora
invisível.
Os ventos de By'gahl me levaram ao seu reino no
Leste.
Nas costas de suas gigantescas asas enegrecidas, passei
pelas terras pagãs rurais e pelas montanhas do sombrio
império Carpatiano.
Durante meu tempo lá, aprendi as histórias dos
Vampiros e os caminhos ocultos para o assombroso
chamado Tepes, ainda cobrindo essas terras de medo.
E conheci os espíritos de todos os guerreiros, há muito
esquecidos, quando atravessei os extensos campos de
batalha escondidos além de uma infinidade de anos.
De bom grado, os mortos compartilharam comigo seus
terrores viciosos e fantasias lascivas.
Absorvi seu ser, alimentando minha alma com sua
força.
Eu me tornei o que me ensinaram.
Os ventos de Bheloth me levaram ao domínio do Sul.
Nas costas do cavalo tentacular, esse rei-demônio
líquido me levou embora.
Ele me ensinou as histórias da Ordem do Poder, à qual
se dedicou sua vida, e proclamou toda sua
força e sabedoria.
E absorvi cada detalhe do conhecimento em minha
mente.
O monstruoso cavalo cavalgou as estrelas brilhando no
hemisfério sul e eu vi os desertos bege onde os
Antigos jaziam em silêncio, nunca a serem encontrados
pela humanidade.
Mas eu podia vê-los tão claros quanto diamantes,
refletindo uma luz lunar surreal em meus olhos.
E em um futuro próximo eu esmagaria o Portão
Supremo despertando os deuses-estátua.
Apertando-me na pelagem gordurosa do horrendo
predador Gha'hap, viajei para as fronteiras do Oeste.
Cavalgando quando o sol estava nos signos do sul, ele
era quem me ensinava as artes secretas do divino,
e as ciências do macabro.
De cima, olhei sobre as terras e águas do
continente ocidental.
Provei as atmosferas de tempos antigos, quando o sol
Ah Kinchil era mais do que uma estrela para aquelas
raças nos picos das montanhas, e quando sua lua
nupcial ainda era considerada sagrada, a deusa chamada
Ix C'up.
Mas a melancolia encharcou meu coração nesses tempos,
hoje enterrados, ecoando em minha cabeça.
Os ventos de Bthya'qual me levaram ao Norte, onde
provei os poderes da violência e do derramamento de
sangue.
Nas hipnotizantes quedas das luzes do norte, ouvi a
corneta soprada pelos deuses, para dar boas-vindas ao
nosso transgressão nas "terras de Odin".
Meu guia descobriu seus dentes cinzentos e retorcidos
em minha direção, seus olhos verdes vazios fitando meu
rosto, e senti a onda de uma segunda desintegração.
E em mais um plano astral, me reassemblei e viajei com
os nórdicos sobre o grande mar aberto, para conquistar
terras além.
Nas costas de Bthya'qual, cavalguei as terras do Norte
e além.
Eu escalei os quatro lados do globo e aprendi
tudo que há para saber.
Eu conheço os medos e amores da criação humanoide.
E eu sei o mesmo do divino.
Mas ainda há coisas além do meu alcance.