Guilty All The Same (feat. Rakim)

Crítica à indústria e responsabilidade em "Guilty All The Same"

"Guilty All The Same (feat. Rakim)", do Linkin Park, faz uma crítica direta à hipocrisia e à ganância presentes na sociedade, com foco especial na indústria musical. O refrão marcante, “You’re guilty all the same / Too sick to be ashamed” (Você é culpado do mesmo jeito / Doente demais para sentir vergonha), deixa claro que todos compartilham a responsabilidade pelos problemas do sistema, inclusive aqueles que tentam se eximir de culpa. A letra questiona figuras de autoridade e instituições que impõem regras, mas também participam de práticas condenáveis, como nos versos: “Tell us all again / What you think we should be / What the answers are / What it is we can’t see” (Conte-nos de novo / O que você acha que devemos ser / Quais são as respostas / O que é que não conseguimos ver).

A participação de Rakim aprofunda a crítica ao abordar a exploração de artistas e a busca incessante por lucro. Ele denuncia esquemas financeiros e a falta de ética na indústria, como em “Dirty money scheme / A clean split is nonsense, it’s insane / Even corporate hands is filthy” (Esquema de dinheiro sujo / Divisão justa é bobagem, é insano / Até as mãos das corporações estão sujas). Rakim também destaca como o dinheiro se sobrepõe aos valores humanos: “They talk team and take the paper route / All they think is bank accounts, assets and realty / At anybody’s expense” (Falam em equipe e seguem o caminho do dinheiro / Só pensam em contas bancárias, bens e propriedades / À custa de qualquer um). No fim, a música sugere que todos, inclusive ouvintes e mídia, fazem parte desse ciclo, tornando a responsabilização coletiva inevitável.