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Fado Português

Lissandra Lima

Letra

    O Fado nasceu um dia,
    quando o vento mal bulia
    e o céu o mar prolongava,
    na amurada dum veleiro,
    no peito dum marinheiro
    que, estando triste, cantava,
    que, estando triste, cantava.

    Ai, que lindeza tamanha,
    meu chão , meu monte, meu vale,
    de folhas, flores, frutas de oiro,
    vê se vês terras de Espanha,
    areias de Portugal,
    olhar ceguinho de choro.

    Na boca dum marinheiro
    do frágil barco veleiro,
    morrendo a canção magoada,
    diz o pungir dos desejos
    do lábio a queimar de beijos
    que beija o ar, e mais nada,
    que beija o ar, e mais nada.

    Mãe, adeus. Adeus, Maria.
    Guarda bem no teu sentido
    que aqui te faço uma jura:
    que ou te levo à sacristia,
    ou foi Deus que foi servido
    dar-me no mar sepultura.

    Ora eis que embora outro dia,
    quando o vento nem bulia
    e o céu o mar prolongava,
    à proa de outro veleiro
    velava outro marinheiro
    que, estando triste, cantava,
    que, estando triste, cantava.


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