Fulanos de Nadie

A Efemeridade dos Encontros em 'Fulanos de Nadie'

A música 'Fulanos de Nadie', da banda argentina Los Caballeros de la Quema, retrata a sensação de efemeridade e a solidão que acompanha os encontros passageiros. A letra descreve uma série de momentos compartilhados entre duas pessoas que parecem se encontrar ocasionalmente, sem a intenção de estabelecer um vínculo duradouro. A referência ao esquecimento do nome e a promessa de não se apaixonar indicam a superficialidade da relação.

A expressão 'fulanos de nadie' sugere indivíduos sem identidade ou importância para os outros, reforçando a ideia de anonimato e desapego emocional. As metáforas 'pata de palo' e 'parche en el ojo', que remetem a um pirata, podem simbolizar a aventura e a falta de compromisso, enquanto o 'corazón' representa o sentimento que é deixado de lado. A música também aborda a dificuldade de 'mojarle una oreja a la soledad', ou seja, de superar a solidão, mesmo na presença de outro.

A repetição do verso 'Lo que nos cura se va, siempre se va' enfatiza a transitoriedade dos momentos que trazem alívio ou felicidade, mas que são passageiros e inevitavelmente nos deixam. A canção termina com um brinde 'por lo que nunca será', aceitando a natureza fugaz dos encontros e a realidade de que algumas experiências e sonhos, como a viagem a Gesell, nunca se concretizarão.