Cuando Me da Por Nombrarte

Más allá de los inviernos
Con las guitarras de Yanda
Y los coyuyos del canto
Iré a buscarte, mi amada

Cuando se oigan las campanas
Sobre tu pueblo de siglos
Por esas calles de tierra
Donde paseabas conmigo

Preguntaré a los caminos
Al sauce que siempre llora
Al molino de aspas ebrias
Con los besos de la aurora

Más allá de los inviernos
A buscarte irá mai sangre
Porque te lloran mis ojos
Cuando me da por nombrarte

Muchacha que alegras mi alma
Boca de azúcar quemada
Trenzas negras, piel canela
Junco que mecen las aguas
Retoñito de naranjo, caricias de colibrí
Jazminero de la tarde, florcita de piquillín

Arrebol de mariposas
En siestas de resolana
Grillo de octubre que ensaya
Cuando la noche está en calma

Más allá de los inviernos
A buscarte irá mi sangre
Porque te lloran mis ojos
Cuando me da por nombrarte

Quando Me Dá Vontade de Te Chamar

Além dos invernos
Com as guitarras de Yanda
E os coyuyos do canto
Irei te procurar, meu amor

Quando se ouvirem os sinos
Sobre a tua cidade de séculos
Por essas ruas de terra
Onde passeávamos juntos

Perguntarei aos caminhos
Ao salgueiro que sempre chora
Ao moinho de pás embriagadas
Com os beijos da aurora

Além dos invernos
Minha sangue irá te buscar
Porque meus olhos choram por você
Quando me dá vontade de te chamar

Garota que alegra minha alma
Boca de açúcar queimado
Tranças negras, pele canela
Junco que balança nas águas
Brotinho de laranjeira, carícias de beija-flor
Jasminzinho da tarde, florzinha de piquillín

Arco-íris de borboletas
Nas sestas de sol escaldante
Grilo de outubro que ensaia
Quando a noite está calma

Além dos invernos
Minha sangue irá te buscar
Porque meus olhos choram por você
Quando me dá vontade de te chamar

Composição: Marcelo Ferreyra / Leocadio del Carmen Torres