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Na Morte de Curros
Los Tamara
Na Morte de Curros
Na Morte de Curros
Com a alma ferida, cheia de mágoas,Coa ialma ferida, cheiña de mágoas,
Nos olhos as lágrimas, no peito a dor,Nos ollos as bágoas no peito o dolor,
Deixou pra todos a horrível notícia,Deixounos a todos a horrible noticia,
Morreu na Galícia o autêntico cantor.Morreu de galicia o enxebre cantor.
O excelso poeta do chão galego,O excelso poeta do chan galiciano,
Sob o sol cubano a vida se rendeu,Baixo o sol cubano a vida rindiu,
Se da sua morte a consciência tinhaSi da súa morte a conciencia tiña
Longe da terrinha, que pena sentiu.Lonxe da terriña, que pena sentiu.
Chorai, poetas, saiam e lutem,Chorade poetas sair e loitade,
Pássaros piem com o triste piar,Paxaros piade co triste piar,
Chorai, penedos, cercas, pombinhas,Chorade penedos, valados, pombiñas,
Chorai, andorinhas, ai, ai, chorar,Chorade anduriñas, airiños chorar,
Que só tristeza no ar se respire,Que solo tristura no aire se aspire,
Que tudo respire quebranto e dor,Que todo respire quebranto e dolor,
E as almas envoltas em angústia e saudade,I as almas anvoltas de angustia e morriña,
Morreu da terrinha o autêntico cantor.Morreu da terriña o enxebre cantor.
Foi a sua vida, vida de amarguras,Foi a súa vida, vida de amarguras,
Prazer e doçuras jamais pôde terPracer e dozuras xamais puido ter
Pra essas almas tristes, de luto cobertasPra esas almas tristes de loito cubertas
E a dor abertas de doce morrer.I o dolor abertas de doce morrer.
Morreu da terrinha o autêntico cantor.Morreu da terriña o enxembre cantor.



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