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Letra

    Saí do presidio tarde noite contemplando a natureza
    Tentando arrancar do peito toda mágoa e tristeza
    Vinte anos na prisão eu passei sem ter defesa
    Pelo crime cometido contra a vida da tereza.

    Já paguei na lei dos homens minha sentença assassina
    Na escola do destino só o mundo nos ensina
    Hoje estou em liberdade mas a vida não atina
    Livre vivo condenado pela justiça divina.

    Vou contar o acontecido agora já sem valor
    Porque fui pego em flagrante pelo juiz seo doutor
    Confesso logo meu crime por que fui o matador
    Da caboclinha tereza a minha vida, meu amor.

    Vi que o crime não compensa, jamais terei o perdão
    Por que a justiça do céu não dá absolvição
    Pra quem fere os mandamentos matando o seu irmão
    Porque a vida é sublime, está acima da razão.

    Perdi toda a mocidade hoje sou um ancião
    Minha rugas de cansaço é que restou da prisão
    Peço a Deus que me console do fundo do coração
    Meu crime foi desatino por amor e por paixão.

    Composição: João Miranda / Praense. Essa informação está errada? Nos avise.

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