El Sur (part. Bunbury)

Empiezan mis versos con frase maldita
Tenemos que hablar
He conocido a alguien más
Se trata de mí

Como medusas que van al calor
Me hiciste salir de mis mares corriendo
Dejarte en la arena de un sueño y volver
A los días que fui yo

Santa cruz, acudo a ti otra vez
Oblígame a creer, oblígame

Con la señal de la santa cruz
Te evitaré y volverá la luz
No puedo más
He perdido el norte ya
Por culpa de tu sur

Lo hemos llevado todo tan lejos
Que el mismo abismo se puso extremo
Y nos gritó
No volváis más por aquí

Por esta mierda de vida que llevo
Súbdito fiel de tu cuerpo y tu ego
Hazme el favor
De ti, quiero salir

Es un sin Dios, sin mística
La senda de un premuerto
Casto desierto donde llueve al azar

Si mueres de sed, el agua es letal
Sé que tu mano acuna un puñal
Deseo que me olvides, deseo volver
A los días que fui yo

Santa cruz, acudo a ti otra vez
Oblígame a creer, oblígame

Con la señal de la santa cruz
Te evitaré y volverá la luz
No puedo más
He perdido el norte ya
Por culpa de tu sur

Me quedaría más
Mi gran y dulce pecado vital
Os haría el presente más
Pero la pasión
No se burló la condicional

Haz del amor
Que no sea breve
Sería abusar de mí
Sería abusar de ti

O déjame estar
Mi pequeña muerte
Vas a desear por mí
Vas a desear por mí

Vas a desear por mí
Vas a desear por mí

Con la señal de la santa cruz
Te evitaré y volverá la luz
No puedo más
No renunciaré jamás al sur

O Sul (part. Bunbury)

Meus versos começam com uma frase maldita
Precisamos conversar
Eu conheci outra pessoa
Essa pessoa sou eu

Como águas-vivas que vão saem em busca de calor
Você me fez sair correndo dos meus mares
Deixar você na areia de um sonho e voltar
Aos dias em que eu era eu mesmo

Cruz sagrada, venho a você de novo
Me force a acreditar, me force

Com o sinal da cruz sagrada
Eu vou te evitar e a luz vai voltar
Não aguento mais
Eu já perdi o norte
Por causa do seu sul

Permitimos que tudo fosse tão longe
Que o próprio abismo se tornou extremo
E gritou com a gente
Não voltem mais aqui

Por causa dessa merda de vida que levo
Súdito fiel de seu corpo e seu ego
Faça-me o favor
Eu quero sair de você

É um ateu, sem mística
A trilha de um pré-morto
Deserto casto onde chove aleatoriamente

Se você morrer de sede, a água é letal
Eu sei que sua mão segura uma adaga
Eu quero que você me esqueça, eu quero voltar
Aos dias que em eu era eu mesmo

Cruz sagrada, venho a você de novo
Me force a acreditar, me force

Com o sinal da cruz sagrada
Eu vou te evitar e a luz vai voltar
Não aguento mais
Eu já perdi o norte
Por causa do seu sul

Eu ficaria mais tempo
Meu grande e doce pecado vital
Eu aproveitaria mais o presente
Mas a paixão
Não superou a liberdade provisória

Faça com que o amor
Não seja breve
Estaria abusando de mim
Estaria abusando de você

Ou me deixe permanecer
Minha pequena morte
Você vai desejar para mim
Você vai desejar para mim

Você vai desejar para mim
Você vai desejar para mim

Com o sinal da cruz sagrada
Eu vou te evitar e a luz vai voltar
Não aguento mais
Eu nunca vou desistir do sul

Composição: Julián Saldarriaga / Santi Balmes