ANNABELLE (part. Gabriel Rodrigues)

Relação inusitada e humor em “ANNABELLE (part. Gabriel Rodrigues)”

“ANNABELLE (part. Gabriel Rodrigues)”, de Lucas A.R.T, usa o universo do terror para retratar um relacionamento de forma divertida e irônica. O nome Annabelle, referência direta à famosa boneca dos filmes de terror, já indica que o romance apresentado foge do convencional. A letra mistura elementos como Londres, Sherlock Holmes e clichês de histórias de horror — “rolê no cemitério” e “horário que acordam as bruxas e os lobisomens” — para criar um clima de mistério, mas sempre com leveza e deboche. O relacionamento é descrito como “meio sobrenatural”, com vizinhos jogando sal na porta e “atividade paranormal” na cama, transformando situações assustadoras em metáforas para a intensidade e a química do casal.

O refrão reforça o tom irônico ao mencionar as “vozes na cabeça”, expressão que pode remeter tanto a distúrbios mentais quanto ao clichê de ouvir conselhos de fantasmas em filmes de terror. Aqui, o duplo sentido mostra que os dois são “meio malucos” juntos, e isso é o que os aproxima. Gabriel Rodrigues ainda brinca com o número 666 ao citar o início do romance em “06 de junho de 2006, numa sexta-feira”, reforçando o caráter fora do comum do relacionamento. A referência ao tabuleiro Ouija para decidir se vai rolar encontro é mais uma piada com clichês do terror, mostrando que, para o casal, o “encontro perfeito” é justamente o que desafia o normal e abraça o estranho. No fim, a música transforma o bizarro em algo romântico, mostrando que o amor pode ser intenso e fora do padrão — e que, para eles, isso é o maior charme.