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Carta (nua e crua)

Lúcia Moniz

Letra

    Como tantos era um dia
    Igual a tantos como hoje
    Não sonhava nem sabia
    Nem de perto nem de longe

    Às vezes neva em abril
    Para mim é em junho
    Que o vento sopra febril
    Na minha vida um rascunho

    Afina porquê o medo
    Ser mãe é ver a luz
    Não é dor, não é degredo

    Nos lábios dele pensava
    Eu e o amor suspensos
    Porque a lua assim brilhava
    Porque os dias eram imensos

    Meu deus, para onde me virar?
    Fico estranha de barriga
    Quase sempre a enjoar
    É o tempo que mastiga

    Indigente diz que vai
    Não é justo assim tão novo
    Não é gente não é povo
    Não é homem que seja pai

    Não tenho raiva nem pena
    Nem sorrisos de boneca
    Sou um ser dentro de um ser
    Sou apenas uma mulher

    Afina porquê o medo
    Ser mãe é ver a luz
    Não é dor, não é degredo

    Esta carta nua e crua
    Quero aqui deixar a quem
    Para mim serei tua
    Para sempre tua mãe


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