Durazno Sangrado
Luis Alberto Spinetta
Pêssego Sangrado
Durazno Sangrado
Precoce o pêssego
Temprano el durazno
Caiu da árvore
Del árbol cayó
Sua pele era rosa
Su piel era rosa
Dourada do Sol
Dorada del Sol
E ao se ver na sorte
Y al verse en la suerte
De todo pomar
De todo frutal
À margem de um rio
A la orilla de un río
Sua fé, o fez chegar
Su fe lo hizo llegar
Dizem que neste vale
Dicen que en este valle
Os pêssegos são dos duendes
Los duraznos son de los duendes
Passou certo tempo
Pasó cierto tiempo
No mesmo lugar
En el mismo lugar
Até que um bom dia
Hasta que un buen día
Se pôs a escutar
Se puso a escuchar
Uma melodia
Una melodía
Muito triste do sul
Muy triste del sur
Que assim o tocava
Que así le lloraba
Desde seu interior
Desde su interior
Quem canta é teu caroço
Quien canta es tu carozo
Pois teu corpo ao fim tem uma alma
Pues tu cuerpo al fin tiene un alma
E se teu ser pulsa
Y si tu ser estalla
É seu coração o que sangra
Será un corazón el que sangre
E a canção que escutas
Y la canción que escuchas
Tua mente abrirá com a aurora
Tu cuerpo abrirá con el alba
A brisa de janeiro
La brisa de enero
À margem chegou
A la orilla llegó
A noite do tempo
La noche del tiempo
Suas horas contou
Sus horas cumplió
E ao chegar a aurora
Y al llegar el alba
O caroço cantou
El carozo cantó
Partindo o pêssego
Partiendo al durazno
Que no rio caiu
Que al río cayó
E o pêssego partido
Y el durazno partido
Já sangrando debaixo da água
Ya sangrando está bajo el agua
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