La aventura de la abeja reina
Algo en los jardínes
me llama sin cesar
la lluvia en las hojas
me inspira confianza
los árboles se agitan
bendito sea este viento
y detrás de los muros oigo algo
que me dice:
-'Bienvenido! ! !
yo sabía que vendrías aquí
a esta caverna
supongo que te acostumbrarás
al silencio total
mundo inferior
que es eterno
como el propio mal
así no habrá para mañana
otra luz
que lamentar
al morir
el desierto de sed de amar
y de florecer
jamás escaparás de aquí! ! !
Oh, oh!!
Sin salir de mi asombro
comienzo a observar
miles de colmenas
ardiendo en el fuego
millones y millones de sordos tapires
( 'Oh mi Dios )
- pero esto es el infierno
me dije para mí
- Pues no me importa
yo sé bien
que saldré de aquí
de tu colmena
tal vez las luces
que amanezcan traerán la paz
ese color tan diferente
a esto, sin dudas
y sé que no me va a importar
si a la luz de un verano
muero al morder a mi presa
resignándome
dejando en ella mi aguijón
Así sin darme cuenta
rompí los acertijos
y en un demente impulso
salí de la caverna
y oí sonar el rayo
y corrí por mil canteros
donde tímidas flores
morían con la lluvia
En ese instante comprendí
que explicar esto a alguien
sería inútil !!
Las luces temblaron
con la furia del viento
y las hojas mojadas
con perlas del alba
me vieron huír
Oh, oh ! !
A Aventura da Abelha Rainha
Algo nos jardins
me chama sem parar
a chuva nas folhas
me dá confiança
o vento agita as árvores
bendito seja esse vento
e atrás dos muros eu ouço algo
que me diz:
-'Bem-vindo! ! !
eu sabia que você viria aqui
a esta caverna
eu suponho que você vai se acostumar
com o silêncio total
mundo inferior
que é eterno
como o próprio mal
assim não haverá para amanhã
outra luz
que lamentar
ao morrer
o deserto da sede de amar
e de florescer
nunca escaparás daqui! ! !
Oh, oh!!
Sem sair do meu espanto
começo a observar
milhares de colmeias
ardendo em chamas
milhões e milhões de tapir surdos
('Oh meu Deus)
- mas isso é o inferno
me disse para mim
- Pois não me importa
eu sei bem
que vou sair daqui
da sua colmeia
talvez as luzes
que amanhecerem tragam a paz
essa cor tão diferente
a isso, sem dúvidas
e eu sei que não vou me importar
se à luz de um verão
morrer ao morder minha presa
me resignando
deixando nela meu ferrão
Assim, sem perceber
rompi os enigmas
e em um impulso insano
saí da caverna
e ouvi o trovão
e corri por mil canteiros
donde flores tímidas
morriam com a chuva
Nesse instante compreendi
que explicar isso a alguém
seria inútil !!
As luzes tremeram
com a fúria do vento
e as folhas molhadas
com pérolas da aurora
me viram fugir
Oh, oh ! !
Composição: Luis Alberto Spinetta