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Letra

    Sorrateiras sombras entre o nevoeiro
    Esgueiram-se furtivas sem deixar vestígio
    Fogem quando os uivos das sirenes frias
    Como o azul que deitam lhes aguça a vida

    Nem o frio conta como companhia
    O orvalho borda a colcha de uma cama fugidia
    Os dias ao contrario são as noites do avesso
    São as febres ao começo do inferno em delírio

    Às vezes têm fome de saber ter fome
    E gritar por quem a fome lhes sacia
    Ou o medo esmaga comum beijo quente
    E com uma carícia adoça a angustia de ser gente.

    Os olhos vêm longe quando estão fechados
    E até lhes trazem cheiros que há muito não sentiam.
    Há muito não é tanto porque o tempo ainda é pouco
    e enquanto os olhos sonham não lhes dão cuidados.

    Sentem-se insensíveis e desafiantes
    Nada, nem os homens, pode causar dano
    A vida não ficou pior do que era dantes


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