395px

Luzinha

Luis Roldán

Lucecita

Los recuerdos me llevaron al cotorro
que dejara desde que te fuiste vos...
En la mesa, flores secas y tu zorro
recordándome la tarde sin adiós.
Todo estaba como cuando te marchaste
nada vino su encanto a deshacer...
Ni aun la carta tan cruel que me mandaste
como pago de todo mi querer.

Lucecita,
lucecita de mi vida,
que me dejaste la herida
de un extraño sinsabor;
lucecita,
lucecita, mi querida,
que se apagó y en mi vida
ya no existe más amor.

En el aire aún se respira tu perfume
y a mi lado yo te siento palpitar,
y en la horrible obsesión que me consume
hasta creo que el timbre ha de sonar...
Tu regreso yo sé que espero en vano,
que tu vida otro rumbo ha de llevar...
Sin embargo ¡qué quieres!, es humano
que yo espere tu vuelta sin cesar.

Luzinha

As lembranças me levaram pro cotorro
que deixei desde que você foi embora...
Na mesa, flores secas e seu zorro
me lembrando da tarde sem adeus.
Tudo estava como quando você partiu
nada veio desfazer seu encanto...
Nem mesmo a carta tão cruel que você me mandou
como pagamento de todo o meu amor.

Luzinha,
luzinha da minha vida,
que me deixou a ferida
de um estranho gosto amargo;
luzinha,
luzinha, minha querida,
que se apagou e na minha vida
já não existe mais amor.

No ar ainda se respira seu perfume
e ao meu lado eu te sinto pulsar,
e na horrível obsessão que me consome
eu até acho que o sino vai tocar...
Seu retorno eu sei que espero em vão,
que sua vida tomou outro caminho...
No entanto, o que você quer?, é humano
que eu espere sua volta sem parar.

Composição: