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Maria e Moleque

Luísa Maita

Letra

    Moleque tava dando um tempo na fogueira
    Puxando um "back" na ladeira da favela
    Quando passou Maria Rita do Anescar
    A mais cheirosa e mais bonita do lugar

    Moleque se mandou atrás da rapariga
    Deixou Formiga no controle da favela
    Mas o diabo é que a donzela era do lar
    Já tinha dois barrigudinhos com o Anescar
    (O Cidimar e o Tom)

    Moleque pegou pelo braço da menina
    Mal disse a sina de não ser seu namorado
    Menina estremeceu, correu, tropeçou
    Era o malandro da quebrada e a desejou
    Se emocionou, sorriu

    E se amaram num opala de vidro fumê
    Em qualquer encruzilhada, Vila das Mercês
    Rita suspirava embevecida
    Encharcada, o próprio prazer vertia

    E se amaram num opala de vidro fumê
    Em qualquer encruzilhada, Vila das Mercês
    Rita cavalgava enfurecida,
    Exalava um cheiro de maresia


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