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Para Os Meus Anjos da Guarda

Luiz Carlos Borges

Sonhei que um anjo veio me visitar no galpão
Chegou do céu a cavalo, com uma estrela em cada mão
Era um anjo musiqueiro, com algo de índio no olhar
Que deu um assovio tristonho antes de bater e entrar

Tinha uma gaitinha de boca
Que limpou para tocar um som celestial, divino
Que era um suave milonguear
Cheguei ver Deus, nessa hora, com sua magia suprema

Entrar pela mesma porta
Já recitando um poema
Acordei com um relincho e um canto de galo no oitão
O vento tocando milonga e uma estrela em cada mão

Meu corpo está envelhecendo
Em algum canto do meu eu
Mora uma alma de anjo, purinha como nasceu
Seguido, o anjo do céu, feito um índio querubim

Vem matear com esse outro que mora dentro de mim
Um assovia pro outro
E depois de eu adormecer
Vão pro galpão do meu sonho, brincarem de se esconder

Por isso, eu depois acordo ébrio de céu e de luz
Saio pro campo a cavalo e abro meus braços em cruz
Sinto que andam comigo, cada manhã aqui no chão
Dois anjos que zelam por mim e me cuidam como irmão

Vão assoviando milongas pela minha boca de peão
Esses anjos musiqueiros que eu tenho no coração
Sei que os meus anjos da guarda nunca vão me abandonar
Um chama os que estão dormindo cada vez de camperear

Com aquela gaitinha de boca que limpa antes de tocar
E quem sabe uma noite dessas, depois que eu adormecer
Venha o menino Jesus
Que lindo que isso ia ser

Brincar no galpão do meu sonho
Com eles de se esconder
Brincar no galpão do meu sonho
Com os anjos de se esconder


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