Vão Ter Que Me Ganhar

A Alma Campeira e a Competição no Freio de Ouro

A música "Vão Ter Que Me Ganhar" de Luiz Carlos Borges é uma celebração da cultura gaúcha e da tradição campeira, centrada na competição do Freio de Ouro, um dos eventos mais importantes do universo do cavalo crioulo no Brasil. A letra descreve a preparação e a dedicação dos ginetes e seus cavalos, destacando a habilidade, a resistência e a conexão entre o homem e o animal. Cada estrofe apresenta um competidor e seu cavalo, detalhando suas características e a história de como chegaram até ali.

A primeira parte da música fala sobre Alexandre Suñé e seu cavalo Mouro, destacando a transformação do animal de arisco a domado, e a importância da tradição e da habilidade campeira. A descrição do cavalo, com seu pescoço encapotado e trote firme, simboliza a força e a elegância da raça crioula. A letra enfatiza que, para vencer a competição, é necessário superar não apenas o cavalo, mas também o ginete, que traz consigo uma história de dedicação e orgulho.

Na sequência, conhecemos Marcelo Montano Coelho e seu cavalo Correntino, cuja história é marcada pela compra em um leilão e a subsequente domação campeira. A letra ressalta a importância do trabalho árduo e da parceria entre o homem e o cavalo, elementos essenciais para o sucesso na competição. Por fim, Álvaro Dumoncel e seu cavalo Temporal são apresentados, com uma ênfase na conexão intuitiva entre o ginete e o animal, e a habilidade de ambos em enfrentar desafios. A música termina com uma mensagem de camaradagem e respeito entre os competidores, destacando que, independentemente de quem vença, todos compartilham a mesma paixão e dedicação pela cultura campeira.

"Vão Ter Que Me Ganhar" é uma ode à tradição gaúcha, à habilidade dos ginetes e à nobreza dos cavalos crioulos. A música captura a essência da competição e a camaradagem entre os participantes, celebrando a cultura e os valores do sul do Brasil.