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Letra

    Na estrada do mundo eu me distanciava
    Mas sempre lembrava o lugar que nasci
    E quando voltei pra terra querida
    Nem tudo na vida eu vi que perdi

    A orquídea estava pendida no galho
    E a gota de orvalho chorando na rama
    Parece que até o guaruzinho do rio
    Quando ele me viu se atolou na lama

    A velha porteira sem brisa e sem vento
    Naquele momento sozinha bateu
    Até ela estava ali pressentindo
    Que quem vinha vindo na estrada era eu

    No pé de abacate tinha um galho solto
    E o tronco já morto que quase caía
    Até um besouro subindo na lasca
    Debaixo da casca ao me ver se escondia

    E ali no degrau da casa de outrora
    A Nossa Senhora uma prece eu rezei
    E quando virei a tramela sem chave
    Na sala de entrada eu nada encontrei

    Porém na parede um vulto abstrato
    Um velho retrato que o tempo escreveu
    Um rosto de santo com sorriso culto
    Nos braços de um vulto e o vulto era eu

    As teias de aranha pregadas no teto
    Carcaças de insetos que a linha prendeu
    Eu também andei por trilhas estranhas
    Nas teias de aranha que a vida teceu

    A casa deserta num triste abandono
    Ninguém está no trono, o rei já morreu
    Quem ronda esta casa sou eu passarinho
    Voltando pro ninho de onde nasceu

    Composição: Caetano Erba / João Pinheiro. Essa informação está errada? Nos avise.

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