Questão de Tempo (part. Mago de Tarso e Mazili)

Reflexões sobre tempo e origem em “Questão de Tempo (part. Mago de Tarso e Mazili)”

A música “Questão de Tempo (part. Mago de Tarso e Mazili)”, de Luiz Lins, aborda de forma direta o impacto da rotina acelerada e a sensação de que o tempo está sempre escapando. A letra transforma o tempo em um recurso valioso, indo além da correria do trabalho para refletir sobre perdas afetivas e mudanças de prioridade com a maturidade. Quando Luiz Lins afirma: “Tenho que administrar melhor meu tempo / Porque o tempo é a moeda mais cara”, ele destaca que o tempo, mais do que dinheiro, é o bem mais precioso da vida adulta. Isso reforça o desafio de equilibrar trabalho, vida pessoal e sonhos, um tema central para muitos ouvintes.

A canção também valoriza as raízes nordestinas e a trajetória dos artistas. O verso “Mano, eu vim do nada e fiz o momento / A linha de chegada é só questão de tempo” mostra a importância da persistência e do respeito às origens para alcançar o sucesso. Já em “Hoje é festinha dos nego que tinha nada / Eu misturo Cyclone com Balenciaga / Luxo veio com o tempo, mas nada me estraga”, a música mistura referências populares e de luxo para ilustrar a ascensão social sem perder a identidade. Além disso, a passagem do tempo é tratada como algo inevitável, especialmente nas relações familiares: “Minha filha tá crescendo rápido demais / Agora eu consigo entender meus pais / O que passou não vai voltar atrás”. Esse trecho traz uma reflexão sobre o tempo perdido e a necessidade de valorizar o presente, reforçada em “Eu não vou voltar atrás, porque o tempo não volta / Eu sou como o tempo, eu sou como o tempo”. Assim, a música equilibra orgulho das conquistas, saudade do passado e a urgência de viver o agora, sempre conectada às raízes culturais dos artistas.