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Estâncias da Fronteira

Luiz Marenco

LetraSignificado

    Guardiãs de pátria, memorial dos ancestrais
    Onde trevais nascem junto ao pasto verde
    Sangas correndo, açudes e mananciais
    Pra o ano inteiro o gaderio matar a sede

    Grotas canhadas e o poncho do macegal
    Para o rebanho se abrigar nas invernias
    Varzedo grande pra o retoço da potrada
    Mostrar o viço e o valor das sesmarias

    Sombras fechadas de imponentes paraísos
    Onde resojam pingos de lombo lavado
    Que após a lida até parecem esculturas
    Moldando a frente do galpão, templo sagrado

    Pras madrugadas, mate gordo bem cevado
    Canto de galo que acordou pedindo vasa
    Cheiro de flores, açucena, maçanilha
    E um costilhar de novilha pingando graxa nas brasas

    Pra os queixos crus, os bocais dos domadores
    Freios de mola pra escaramuçar bem domados
    E pra os torunos ressabiados de porteira
    O doze braças, mangueirão dos descampados

    Pra os chuvisqueiros galopeados de minuano
    Um campomar castelhano e o aba larga desabado
    Pra o sol a pino dos mormaços de janeiro
    Um palita avestruzeiro e o bilontra bem tapeado

    Pras nazarenas, garrão forte e égua aporreada
    Pras paleteadas o cepilhado de coxilha
    Pra o progresso do Rio Grande estas estâncias
    Mescla palácio com mangrulho farroupilha

    Composição: Anomar Danubio Vieira / Marcelo Caminha. Essa informação está errada? Nos avise.

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