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Letra

    Álbum: Felicidade
    voz Luiz Tatit
    violão Paulo Tatit
    baixo synth Ricardo Breim
    violino Laercio Diniz
    violino Beatriz
    viola Fábio Tagliaferri
    cello Ana Maria Chamorro
    arranjo Paulo Tatit

    O rei
    Todo dia ele desce de tarde
    Vem ver os seus súditos
    Se está tudo em ordem
    Todo mundo caçoa do rei
    Ninguém mais leva a sério esse rei
    E o rei
    Superpacífico
    Não fica furioso
    Não manda prender
    Nem cortar a cabeça
    Na verdade nem liga
    Fica na dele
    Acena pro povo
    E vai descansar

    O rei
    Ainda mora num grande palácio
    Em cima do morro
    Com toda a família real
    Já acabou a monarquia
    Faz tempo
    Ninguém mais vê função
    Nesse rei
    E o rei
    Superaltivo
    Não se precipita
    Fica na dele
    Ele sabe que rei é rei
    O resto é bobagem
    Se a coisa complica
    É o rei que resolve
    Só o rei é real

    E eis que complicou
    Os poderes do mal
    Devastaram o país
    Um feitiço cruel
    Levou o povo à miséria
    Coisa séria
    Força maldita
    Faminto, o povo indagava:
    Quem fez isso com a gente?
    Quem é esse demônio?
    Que aparece nos sonhos
    Com um estranho enigma
    Qual é o rei que não morre
    E nunca envelhece
    E que é vitalício?
    Quem é que propõe um enigma
    Tão difícil!

    O rei
    Em sua ronda diária notou
    O país esquisito
    Completamente parado
    Ninguém mais caçoava do rei
    Ninguém mais tinha raiva do rei
    E o rei
    Superdiscreto
    Não foi perguntando
    Deixou que aos poucos
    Se manifestassem
    Ficou esperando
    Com fé nunca vista
    Não era tirano
    Nem paternalista

    Por fim
    Um menino lá
    Que sempre caçoava do rei
    Foi se aproximando
    E falando com a voz muito digna:
    Qual é o rei que não morre, meu rei?
    Nos ajude a entender esse enigma
    E o rei
    Supertranqüilo
    Pensou um pouquinho
    E com muito carinho
    Contou pro menino
    Que um rei que não morre
    E nunca envelhece
    E que é vitalício
    É só o reinício

    E o encanto quebrou
    O país reviveu
    Seus momentos de amor
    O povo comemorou
    Com festa luxo e fartura
    E muito requinte
    Muita ternura
    Feliz, o povo indagava:
    Quem salvou nossa gente?
    Quem é esse rei momo?
    Todo clarividente
    Cauteloso e sensato
    De fato rei é um barato!
    E todos surpresos
    Como é que deu certo
    Como é que pode
    Um reizinho ridículo
    Tão esperto!


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