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Tropa Ausência e Saudade

Luizmar Machado

Letra

    Poncho estendido até a anca do azulego
    Em tempo feio se vem de carnal virado
    Quem é do trecho sabe de trote chasquero
    Se o aguaceiro vara o poncho lado a lado

    Quando parti cruzei no passo da figueira
    Este rio cheio era um riacho e dava vau
    Mas foi crescendo, pela várzea espraiada
    Tapou a barranca e consumiu o pastiçal

    Firma a boca vai reportando distância
    Controla a ânsia que contraponteia o tempo
    Neste relento confia nas patas do pingo
    E um aba larga bem batido contra o vento

    Faz vinte dias que viajo na querência
    Longe do rancho, só varzedo e mansidão
    Se o rio me ouvisse entenderia minha ausência
    Pois nem o tropeiro sobrevive a solidão

    Não vejo a hora de cruzar pro outro lado
    Ver o sorriso das crianças na janela
    Pro azulego vou dar folga de banhado
    Por bem querer me entregar aos braços dela


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