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Letra

    Com a raiva de um torpedo
    Furando o fundo do mar
    Uma ave no oceano
    Procurando onde pousar
    Eu sei que esse voo é cego
    De morcego sem radar
    Só a fúria do trovão
    E a lama ribanceira
    Atravesso a noite escura
    Sem saber tempo ou lugar
    Chuva grossa, céu de chumbo
    Riacho virando mar
    Nem sei se ela ainda me espera
    Com espanto no olhar
    Ou se a luz dos olhos dela
    Foi na correnteza
    O rio levou a rua, levou casa, levou bicho
    O rio levou meu sonho como se fosse lixo
    Com a vista enxovalhada
    Na luz fraca da manhã
    Agachado ao chão de lama
    Homem sapo, homem rã
    Nem sei pra que sirvo agora
    Minha chama se apagou
    Cheguei mas não deu mais tempo
    De salvar o meu amor
    O rio levou a rua, levou casa, levou bicho
    O rio levou meu sonho como se fosse lixo
    Com a raiva de um torpedo
    Furando o fundo do mar
    Uma ave no oceano
    Procurando onde pousar
    Eu sei que esse voo é cego
    De morcego sem radar
    Só a fúria do trovão
    E a lama ribanceira
    A voz rouca que vem do choque das águas
    Que engrossa o couro da chuva
    Que desce em cada riacho
    Brota das montanhas
    E avança surda no arrastão de tudo
    O rio em fúria é tão arredio quanto cruel
    E sua fuga, fúria líquida, líquida liquida
    Que deixa pra trás cidades fantasmas
    Ruínas na alma
    E o silêncio da lama tapando meus ouvidos

    Composição: Lula Queiroga / Yuri Queiroga. Essa informação está errada? Nos avise.

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