Tamsėja

Escurecendo

Tamsėja

Eu levanto a cabeça, escutoAš galvą pakeliu, klausausi
Alguma coisa se debatendo, o vento,Kažko įnirtęs draskos vėjas,
E as árvores atrás da janela sussurram,Ir medžiai už langų įtūžę ošia,
E ao meu redor eu estou só.O aplinkui aš tik vienas.

Lá fora a lua já nasceu,Už lango mėnuo patekėjo,
Nos árvores, os corvos estão parados,Medžiuos tupi susimastę varnai,
Eles querem esconder a capa do lutoJie gedulo skraiste paslėpti nori
Esconder minha tristeza com suas asas.Paslėpti mano liūdesį sparnais.

E ao redor só escuridão,O aplink vien tamsa,
Escuridão e morteTamsa ir mirtis
Ao meu redorAplink mane
Uma noite de terror. Noite.Siaubo naktis. Naktis.

Os corvos se levantam, abrem as asasVarnai pakyla, išskleidžia sparnus
Cacarejando tristemente na noite,Liūdnai kranksėdami naktį,
Sua voz é um presságio sombrio,Jų balsas tai pranašas niūrus,
Trazendo um pesado desconforto e dor.Atnešęs sunkų nerimą ir kančią.

Escurecendo e as trepadeiras azuisTamsėja ir melsvi vijokliai
Enrolam as mãos estendidas,Apraizgo ištiestas rankas,
Nebulosos fantasmas da penumbraMigloti sutemų vaiduokliai
Movem as ramas de forma ameaçadora.Grėsmingai judina šakas.

E ao redor só escuridão,O aplink vien tamsa,
Escuridão e morteTamsa ir mirtis
Ao meu redorAplink mane
Uma noite de terror. Noite.Siaubo naktis. Naktis.

O vento bate na minha alma,Į mano sielą beldžias vėjas,
As sombras da noite nos olhos,Nakties šešėliai akyse,
E o perfil de uma mulher se torna vagoIr moters profilį neryškų
Totalmente engolido pela escuridão,Visai pasiglemžia tamsa,
Uma noite de terror.Siaubo naktis.