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Letra

    Tira o Rolex do pulso, cê tá no Centro moscando
    Avisa ao Burro do Shrek que nós chegamo
    Eles só falam de ice, droga, sobre o respeito que tem
    Eu fico aqui me perguntando de quem?
    Se é sobre nota de cem, fazem dinheiro de ópio
    Com o coração em Nairóbi, eu dominei até Tóquio
    E empresário, roteirista, diretor, o elevador ainda sobe

    Tua profissão não é nada mais que meu hobby
    E eu faço mais do que tu, faço melhor do que tu
    Sou Mansa Musa e o rap é meu Timbuktu
    Eu cuspo ouro, caso não tenha entendido
    Dou aula em tudo que eu sopro dentro no teu ouvido
    E excelência é um hábito aristotélico, é fato

    Por isso que meu foco, neguin, é tão puxado
    Eu me dedico a ser melhor, a elevar o padrão em tudo que eu faço
    Depois dedico a ensinar passo a passo
    E já salvei tantas vidas que isso parece minha sina
    Mesmo depois de eu ter negado a medicina
    E já faz anos
    Mudei os planos, mesmo nunca tendo feito
    Disse que eu ia fazer, matei a responsa no peito

    Num sou exemplo a ser seguido, então aprenda com erros
    Não tem felicidade a vista se os amores são perros
    Não se iluda com o tamanho que tu acha que tem
    Podem até concordar, mas tão errados também
    Ninguém sabe o segredo pra ser feliz, não importa o que diz

    Então não ache que está tudo por um triz
    Só acredite em julgamentos que vierem de um juiz
    E nunca negue outro chopp no Bar Luiz
    No Bar Luiz
    Eu me pego aqui sonhando com impérios, e impropérios
    Mas os sonhos de poder são tão venéreos, e sério
    Eu sempre me iludi que eu ia ser diferente
    Que a humildade era o que eu tinha de semente

    Mas eu plantei meu ego, e hoje eu colho MC's
    Repetindo todas essas coisas que eu já fiz
    Pediram bis
    Sou Santos Dumont e voei no meu
    Foram 14 até acertar, não vai ser no primeiro teu
    E eu sou uma divindade da gramática versada
    É a mim que a oração é subordinada, de nada
    Antes que agradeçam, não se esqueçam que no mundo
    Pra você o buraco é sempre mais fundo

    Mas ali na Carioca, o tudo num é nada
    Comendo um bolo de carne, com salada de batata
    E um chopp no Bar Luiz
    Teu braggadocio é trágico, o meu é biográfico
    Cês vendem droga e eu nem me refiro ao tráfico
    Meu tráfego de ideia pavimenta gerações

    Eu repito minhas letras sem nunca gerar versões
    E falo de melodia sem nunca escrever refrões
    Subverto o mundo, e, em meia dúzia, eu encontro multidões
    E fodam-se os milhões, os jatos, os carrões

    Quem faz pelo dinheiro, nunca vai marcar nos sons
    E se eu morrer fodido, mas tocar nos teus ouvidos
    Pra mim vai ter valido ter vivido
    E já vai ter valido ter vivido


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