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Lobo Límbico

Mailson Absinto

Letra

    Essa bixa vem rimando
    Com versos que soam insano
    Querem me vê amarrado

    Eu quero vocês esquartejado

    A minha carne sempre foi a
    Mais barata do mercado
    E não me lembro quando foi
    Ao contrário

    Cheguei nessa cena sem a patente
    De MC experiente
    Mas não me tente
    Das rimas eu sou descendente
    Ascendente no oriente
    Não sei o que cês tem em mente

    Tanta ignorância
    Que chega a ser deprimente
    Talento não se vende!
    Não sou concorrente!
    Com meus ancestrais eu vou na frente
    Livre das suas correntes
    Mente abrangente
    Me derrubar nem tente

    Quem sabe subirei o monte everest
    Quem sabe nada mais me conteste
    Reforço as preces, nada me fere
    Vim do nordeste, tipo cabra da peste

    Quero a liberdade do meu povo
    Sigo desviando desse teu
    Padrão que é imposto
    O genocídio corre solto

    Dissociando o trigo do joio
    Abismo entre o que me cabe e o
    Que eu não envolvo
    O que eu não me envolvo

    Usa liberdade de opressão pra oprimir os
    Meus irmãos
    Que tão trampando de corpo, alma e coração
    Não se perde não!
    Busca o equilíbrio do lobo límbico
    Também sou peregrino no ossos do ofício
    Tô existindo e persistindo
    Tá no meu instinto lutar pra continuar sorrindo
    Dias difícil, mas fazer é rap é meu vicio
    A essa linhas eu dou sentido

    É tão instigante não se parecer
    Com o meu semelhante
    Porque tanta diferença
    Na minha aparência
    Herança de resistência
    E eficiência com sapiência
    Tô em desmanche
    Porém sigo adiante
    Não sei se relevante
    Não quer abrir a mente vai
    Ficar sem os dentes

    Se eu cair hoje, amanhã tento de novo
    Não seja a batido pelo o julgamento
    Que vem do outro
    Ninguém vê seu esforço
    Me vigio 24 por 48
    Pra não ser ouro de tolo
    Puto escroto
    Pra vosês eu sou mau agouro

    Meu lado emocional
    Em conflito com o racional
    Os versos fluem natural
    Seres humanos cada vez mais neandertal
    A cada passo me torto colossal
    Pros coxa não eu não pago pau

    Me sinto deslocado no meu próprio estado
    Hora forte como tronco
    As vezes frágil como um galho
    Me refaço a cada passo
    Sem tempo pra atrasa-lado
    Com o meu esforço vou conquistar o
    Meu espaço

    Varrendo esses putos do espaço
    Brilhando tipo estrela d'alva
    Pra racista é paulada
    Essas pedradas vão deformar a tua cara
    Vão esquecer o caminho de casa
    Respeita a caminhada!


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