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Entre Nós

Mal Primata

Letra

    Eu não pensei em mais nada que eu pudesse fazer
    Eu não pensei em mais nada que eu pudesse dizer
    Das coisas que aconteceram entre nós
    Eu não pensei em mais nada que eu pudesse fazer
    Eu não pensei em mais nada que eu pudesse dizer
    Das coisas que aconteceram entre nós

    Quanto mais o tempo passa, vendo as circunstâncias no quarto faço fumaça
    Dominando as brechas e evitando a desgraça
    É dia de combate e você jogada as traças, jogada as traças
    Derradeiro sempre é o que acontece entre nós
    Esperando um momento pra ficarmos a sós
    A magia da cama e o sussurro da tua voz

    E ela briga comigo
    Em mim vê o perigo
    Sabe que eu tô contigo, quando bate é castigo, sempre sendo abrigo
    Eu te procurei entre mil milhares
    Em maus olhares, subindo vários andares
    Declive corriqueiro enxergando as verdades
    Claramente na matina vários pares, vários pares
    Logo avistei a mais linda do baile
    Querida, como você vale

    Então só me diz
    Foram quantas as vezes que eu te vi?
    Linda assim, sorrindo pra mim, sem pensar no fim
    Estamos aqui a beira do precipício
    Não tem como acabar aquilo que nunca teve um início
    Vício, seu corpo ofício, difícil lidar com isso
    Sentimento verdadeiro no meu mundo fictício
    Cigarros e um vinho tinto, radin modo avião
    Procurando algum motivo pra atender sua ligação, não
    Nada foi em vão, tudo sempre teve um acaso
    Vou fazer o que se mergulhei em amores rasos?
    Hoje me encontro aqui sem você, sem te ver
    Na última linha pensar em você já tá um saco

    Eu não pensei em mais nada que eu pudesse fazer
    Eu não pensei em mais nada que eu pudesse dizer
    Das coisas que aconteceram entre nós
    Eu não pensei em mais nada que eu pudesse fazer
    Eu não pensei em mais nada que eu pudesse dizer
    Das coisas que aconteceram entre nós

    Você nunca me levou a sério por fazer mistério
    Mas eu sempre vi o brilho no teu olho
    E hoje eu tô sem critério, me chamo Bronca
    Não precisa saber meu nome, só o pseudônimo
    Sinto somos antônimos, por isso a superfície
    Pois não quis que tu me visse matando esses demônios
    Não vou te atender pois
    Eu sei que tu vai e vem, vai e vem

    Desculpa esse receio meu bem, é que do jeito que eu tô eu tô bem
    Tanto tempo louco, seco, fraco e sem troco
    Não me leve a mal eu não me apego a ninguém
    Sempre assumi o papel de mais um lobo solitário, fumando vários
    Desculpa minha sereia, eu não caio no conto do vigário
    No anti-horário, já sabe tô de saco cheio desses lances vagos
    Caminhando a beira-bar eu só quis te levar pro fundo
    E você sempre tão diferente e tão distante do meu mundo
    Pega o último cigarro, que tá aqui o fogo
    Sei que isso foi um erro, mas eu faria de novo


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