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Rap É Poesia

Malkin

Letra

    Os ponteiros avançam às horas e isso não me surpreende
    Perdem a coragem quando mais confiantes se sentem
    Por um descuido tropeça, um resfriado o pega do nada
    Garganta resseca, pupila dilata
    Vou ouvir um pouco a voz que chora e suplica
    Sua existência e vida se não entende complica
    Cumprimentando a mesma mão que enforca e sugere
    Na pele a tatuagem da imagem daquilo que fere

    Eu vou além do que propõem as expectativas
    Estou além do que me impõem com suas convicções
    Então transbordo como as espumas dos chopes populares
    Dos botequins mais fétidos, os banheiros dos bares

    Nos lares os pares imaginários, os pares nos vários bares
    Aplaudem os styles vários que voam pros ares
    Aonde os males se esvaem?

    Aritmética, arritmia, ritmo, poesia
    Sem métrica, do intimo. Rap é poesia!
    Você me vê em forma de letras, letras de fôrma
    Pra não julgar que não entende o que me lê

    Como num clima de inverno futuro quero um abraço
    Pra aquecer esse eterno soturno: Um uísque e dois maços
    Vem vê
    Troquei algumas coisas de lugar
    Agora não se renda ainda temos uma vida! Ah!

    Um dia esses vícios vão se empoeirar como livros na estante
    Cobertos de pó delírios alucinantes de meros instantes e só
    Com seu choro inibido toma o seu comprimido só para se sentir melhor

    E então sairá pela madrugada afora coberto de frio e sonâmbulo
    Ao raiar da aurora o amor à procura de um sonho esperando até agora
    Voltar para casa antes mesmo de a Lua ir embora
    Na próxima noite embriagado na loucura caído e rodeado pelos cachorros da rua
    Que expondo suas feridas começam a lamber
    Tão feias mais tão feias que ninguém tem coragem de ver

    Enquanto isso os lares imaginários, os pares nos caros bares
    Aplaudem os styles vários que voam pros ares
    Aonde os males se esvaem? Me falem!

    É um moinho de vento que dilacera e assola a gangorra que a dor se eleva até ir sumindo Por onde os limites se encerram agora e eu os ultrapasso acenando e sorrindo
    Existem olhos que se abrem e não cabem em si de tanto horror de tanto terror, dor
    E também de outras coisas que vemos quando os olhos se abrem

    Composição: Wellington Costa. Essa informação está errada? Nos avise.

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