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Se tudo queimar

Manolo Garcia

Si Todo Arde

Déjate de ciudades de relojes de arena, sí
De levantar paredes en la llanura yerma, que sí
Que a tantos atrapa, a algunos devasta
Para muchos es niebla
No quiero encorvarme contra tantos miedos

Si las torres caen, seré jinete sin freno
Ya soy jinete sin freno
Si todo arde, arderemos
Si el mundo para, caminaremos

Si todo acaba, empezaremos
Cabalgar quimeras, que traguen los perros
Hacia la historia baldía
Hacia la historia baldía

Déjate de ciudades, de palomas al vuelo
Deja el balcón abierto, que entren vientos que barran, sí
Que nos arrastren alto, nos vuelquen a un cielo, que sí
Que a tantos rechaza, a tantos devasta
Corazones ciegos
No quiero querencias ni andar por las ramas
No quiero lamentos

Seré jinete sin freno, desbaratando recelos
Si todo arde, arderemos
Si el mundo avanza, nos pararemos

Si todo empieza, continuaremos
Atendiendo a la voz queda que rasga el velo
Hacia la historia baldía
Si todo arde, arderemos

Si el mundo para, caminaremos
Si todo acaba, empezaremos
A la voz ronca del tragafuegos
Hacia la historia baldía
Hacia la historia baldía
Hacia la historia baldía

Se tudo queimar

Pule as cidades de ampulheta, sim
Para erguer muros na planície estéril, sim
Isso captura tantos, arrasta alguns
Para muitos é nevoeiro
Eu não quero me rebaixar contra tantos medos

Se as torres caírem, serei um piloto sem freio
Já sou um piloto sem freio
Se tudo queimar, vamos queimar
Se o mundo parar, vamos caminhar

Se tudo acabar, vamos começar
Monte quimeras, deixe os cachorros engolirem
Em direção à história do deserto
Em direção à história do deserto

Solte as cidades, os pombos em vôo
Deixe a varanda aberta, deixe entrar ventos fortes, sim
Que nos arrastem para o alto, nos derrubam para o céu, sim
Que rejeita tantos, arrasta tantos
Corações cegos
Eu não quero quer ou rodeios
Não quero arrependimentos

Serei um piloto sem freio, interrompendo dúvidas
Se tudo queimar, vamos queimar
Se o mundo continuar nós vamos ficar

Se tudo começar, vamos continuar
Atendendo à voz que rasga o véu
Em direção à história do deserto
Se tudo queimar, vamos queimar

Se o mundo parar, vamos caminhar
Se tudo acabar, vamos começar
Para a voz rouca do comedor de fogo
Em direção à história do deserto
Em direção à história do deserto
Em direção à história do deserto

Composição: Manolo Garcia