395px

Inocência da Terra

Mantus

Unschuld Erde

Auf der Stirn die Heuchelei
Unter dunklem Hautgesang
Einäugig tote Sehnsucht
Die Hölle sei ihr Knecht

Erinnerung schickt Blumen
Das Hirn frisst Staub
Und Knabenhände geben
Was das Fleisch nicht zügeln kann

Oh Menschlein hör
Aus deiner Wiege stammen meine Glieder
Und heute bin ich vogelfrei
Oh Menschlein hör
Aus deiner Wiege stammen meine Glieder

Trampelt Unschuld Erde nieder
In der Ferne ziehen Völker
Singt der Erde Unschulds Lieder
Uns wird die Welt zu klein

Schaler Traum zerstöre
Blutbäuchig das entformte Heer
Überblueh das ganze Elend
Deine Mitte macht mich satt

Ein Aschenheer aus Schatten
In der Wüste tanzt
Ein paar Grenzen weiter
Liegen Hodenlose Kriegerleichen

Das Gewissen auferlegt
Nur schweigend aufzutrohnen
Dein gläsern Angesicht
Durch Untat Glut verbrennt

Starre Augen halten Tränen
Keine Mütter mehr als schoss
Nun faulen unsre Leiber
In der Erde die sie stumm erträgt

Inocência da Terra

Na testa a hipocrisia
Sob um canto de pele escura
Desejo morto e de um olho só
Que o inferno seja seu servo

A lembrança manda flores
O cérebro come poeira
E mãos de meninos dão
O que a carne não consegue conter

Oh, ser humano, ouça
De seu berço vêm meus membros
E hoje sou livre como um pássaro
Oh, ser humano, ouça
De seu berço vêm meus membros

A inocência pisa na terra
Lá no horizonte, povos se movem
Canta a terra canções de inocência
O mundo está pequeno pra nós

Sonho insosso, destrua
Um exército deformado e barrigudo
Sobrecarregue toda a miséria
Teu centro me sacia

Um exército de cinzas de sombras
Dança no deserto
Algumas fronteiras adiante
Jazem corpos de guerreiros sem testículos

A consciência impõe
Apenas em silêncio se erguer
Teu rosto de vidro
Queima na brasa da inação

Olhos parados seguram lágrimas
Não há mais mães que acolham
Agora nossos corpos apodrecem
Na terra que os suporta em silêncio

Composição: Das Ich