395px

Cedo Demais, Tarde Demais

Manu Chao

Trop Tôt, Trop tard

Pendant que la pluie toutes les nuits
Te tape sur la tuile pas une goutte d'huile
Ne frappe au carreau
de ton povre vieux cerveau rouillé.

Tu sens le rance, le vieux chien mouillé
Tu sens venir l'automne et tu t'etonne
Des cheveux blancs, de tout ce temps
Tué a ne rien faire,

Quand t'enleve ton dentier
T'en veux au monde entier
t'en veux a tes amis
tous ceux qui sont partis
qui t'ont laissé tomber la

Puisque demain sera deja comme si
c'etait hier, coquin de sort…
100.000 remords…

A se jurer de prendre le prochain train
Qui rentre en gare,et qui repart

Toujours trop tot pour un trop tard…

Et tu t'etonnes de tout ce temps
tué a ne rien faire
ta vie n'est qu'un petard mouillé
et tes amis…mon povre cheri
les mêmes copains…
ceux qui comme toi n'ont pas bougé
les memes vannes les memes virées
les nouilles et la télé…
et la frangine , a la cuisine…
quand s'est triste a pleurer
c'est con a dire, mieux vaut en rire..

Toujours trop tot pour un trop tard…

Toujours trop tot pour un trop tard…

A se jurer de prendre le prochain train
Qui rentre en gare,

A se jurer de prendre le prochain train
Qui rentre en gare,et qui repart

Toujours trop tot pour un trop tard…
Toujours trop tot pour un trop tard…

Faute de mieux
tu joue le grand jeu
y'a plus d'amour dans ton foyer
ta vie n'est qu'un petard mouillé
que tu t'allume et tu te fume
et tu t'etonne de tout ce temps
gaspillé à t'ecouter parler
tout seul , dans ton beau decor

Quand la paresse te tiens en laisse
Ta ta tristesse pour seule maitresse

Faute de mieux

Toujours trop tot pour un trop tard…
Toujours trop tot pour un trop tard…

Cedo Demais, Tarde Demais

Enquanto a chuva toda noite
Bate no telhado, nem uma gota de óleo
Bate na janela
Do seu pobre cérebro enferrujado.

Você sente o ranço, o velho cachorro molhado
Sente a chegada do outono e se espanta
Com os cabelos brancos, todo esse tempo
Desperdiçado sem fazer nada,

Quando você tira sua dentadura
Você fica puto com o mundo inteiro
Fica puto com seus amigos
Todos que foram embora
Que te deixaram na mão

Já que amanhã será como se
Fosse ontem, que sorte cruel...
100.000 remorsos...

Se prometendo pegar o próximo trem
Que chega na estação, e que vai embora

Sempre cedo demais para um tarde demais...

E você se espanta com todo esse tempo
Desperdiçado sem fazer nada
Sua vida não é nada além de um foguete molhado
E seus amigos... meu pobre querido
Os mesmos camaradas...
Aqueles que, como você, não se mexeram
As mesmas piadas, as mesmas saídas
Os macarrões e a TV...
E a irmã, na cozinha...
Quando é triste a ponto de chorar
É chato de dizer, melhor rir disso...

Sempre cedo demais para um tarde demais...

Sempre cedo demais para um tarde demais...

Se prometendo pegar o próximo trem
Que chega na estação,

Se prometendo pegar o próximo trem
Que chega na estação, e que vai embora

Sempre cedo demais para um tarde demais...
Sempre cedo demais para um tarde demais...

Por falta de algo melhor
Você joga o grande jogo
Não há mais amor no seu lar
Sua vida não é nada além de um foguete molhado
Que você acende e fuma
E você se espanta com todo esse tempo
Desperdiçado te ouvindo falar
Sozinho, no seu belo cenário

Quando a preguiça te mantém na coleira
Sua tristeza como única mestra

Por falta de algo melhor

Sempre cedo demais para um tarde demais...
Sempre cedo demais para um tarde demais...

Composição: