395px

Incredulidade

Manu Maria

Incredulidad

Incredulidad
Ese monte es paraíso destiñéndose
La sangre el volcán
Desde chico descubriendo cómo mirar mi piel

Pise baldosas flojas, rojas, seguí la caravana
Me pincharon entre cuatro y me fumé un par de cagadas
Llamé al fijo dijiste vos, subí al 60 y bajé en libertador

Busca la excusa, cariño o vacío
Tapa un solsticio el reinicio en el nido
Piensa quererse, abrigo de niño
Se muere en coplas, chirlera y cariño

De pronto un soliloquio lo despabilo
El sol y lo que opino se re encarceló
Intencioné abrazarlo, no arrancárselo
Una hormiga guerrera sintiendo el error

Un caché y sin caché al tacho por bocón
Cuando la duda habló no le prestó atención
Anda llorando penas sin subir la voz
Se prende fuego el viento en tu sol menor

Y por esa ventana llamaste a los Bondis
El Bondi como bardo, la joda entre los compis
Entraste al sueño helado, invierno entre los zombies
Quedaste tarareando Melina de los Lopsis

Cuchando tango, corriendo el cuadro
Hoy las cenizas se comparten con el rancho
Tocando tierra, rezando al santo
Rascando el cobre mientras se lo guardan tanto

Decime algo, o toca los tarros
Que no se asustan, estos duendes saben algo
Reza el sentido, decime algo
Hoy el amor es simplemente hacerse cargo

Decime algo, o no
En este amor es tan barato
Que llene el plato la Epifanía
Rezar a tiempo la sangrante fantasía

Incredulidade

Incredulidade
Aquela montanha é um paraíso desbotado
O sangue o vulcão
Desde criança descobrindo como olhar minha pele

Pisei em ladrilhos soltos, vermelhos, segui a caravana
Me espetaram entre quatro e fumei umas merdas
Liguei para o fixo, você disse, peguei o 60 e desci na Libertador

Busca a desculpa, carinho ou vazio
Cobre um solstício, o recomeço no ninho
Pensa em se amar, abrigo de criança
Morre em coplas, tagarelice e carinho

De repente um solilóquio me despertou
O sol e o que eu penso se restringiram
Tentei abraçá-lo, não arrancá-lo
Uma formiga guerreira sentindo o erro

Um salário e sem salário para o lixo por falar demais
Quando a dúvida falou, não dei atenção
Anda chorando mágoas sem levantar a voz
O vento se incendeia em seu sol menor

E por aquela janela você chamou os ônibus
O ônibus como um bar, a farra entre os colegas
Você entrou no sonho congelado, inverno entre os zumbis
Ficou cantarolando Melina dos Lopsis

Ouvindo tango, correndo o quadro
Hoje as cinzas são compartilhadas com o rancho
Tocando o chão, rezando ao santo
Arranhando o cobre enquanto o guardam tanto

Me diga algo, ou toque os tambores
Que esses duendes não se assustam, eles sabem algo
Reza o sentido, me diga algo
Hoje o amor é simplesmente se responsabilizar

Me diga algo, ou não
Nesse amor é tão barato
Que a Epifania encha o prato
Rezar a tempo a fantasia sangrenta

Composição: