El Otro

O Outro

El Otro

O pálido dia(Él) día pálido
Encerra-se em minhas mãos quebradasSe encierra en mis manos rotas
Ele desliza tristementeSe desliza quejumbroso
E se acaba em uma recordaçãoY desoja en un recuerdo

(Eu estou) atordoado em memórias contínuas(Yo) anonadado en pausas de memoria
E condenado a lágrimas, sem deusesY condenado a llantos sin dioses
Escuto os gemidosEscucho los gemidos
Que desaparecem na neblinaQue desfallecen en la niebla

(Ele) abre o céu cabisbaixo(Él) cabizbajo abre el cielo
Com o vento fraco e irregularCon viento enclenque y harapiento
Apaga-se uma a uma as estrelas sujasApaga una a una las estrellas sucias
E desperta em sonhosY despierta a los sueños
Para viverem em silêncioPara que vivan en silencio

(Eu) grito, um grito doente(Yo) grito un grito enfermo
Um grito solitárioUn grito solo
TrancadoEncerrado
Em um constante de agora ou nuncaEn un constante ahora o nunca
Em um longo dia de hojeEn un hoy día de hace tiempo

(Ele) se aconchega em insone crepúsculos(Él) se acurruca en crepúsculos sin sueño
E trancado no ar sufocadoY encerrado en aires asfixiados
Caminha sem rumoCamina sin rumbo
Vive sem surpresasVive sin sorpresa

Y (eu) não pode mudar a monotoniaY (yo) no puedo cambiar la monotonía
De uma tarde sem riscosDe una tarde sin riesgo
De mil noites sem descansoDe mil noches sin descanso
De uma vida sem fogo!De una vida sin fuego